domingo, 26 de fevereiro de 2012

O ponto da carne


Por trás da decisão de ser vegetariano há muito mais que saúde e ética. Há quem acredite que é possível salvar a alma e o planeta abolindo o bife do prato. 

por Denis Russo Burgierman 

Você é aquilo que você come.Me perdoe começar esta reportagem desse jeito tão óbvio, com uma frase feita.Mas é sério. Você é mesmo aquilo que come. Quando você nasceu, seu corpo pesava menos que um saco grande de açúcar, de 5 quilos - e tenho quase certeza de que, hoje, seu peso é pelo menos umas 15 vezes maior. Para crescer tanto, seu organismo simplesmente incorporou pedacinhos dos almoços e jantares da sua vida. 

Seus cabelos, seu sangue, suas unhas, seus dentes - tudo isso foi construído a partir de nutrientes resgatados da sua comida. Tudo aquilo que você fez ao longo da vida só foi possível por causa da energia que você tira dos alimentos. Até suas idéias e seus pensamentos são formados por aquilo que você come. É verdade que a maioria dos seus neurônios já existia no momento em que você nasceu. Mas as ligações entre eles e as substâncias que eles usam para se comunicar são construídos usando como matéria-prima proteínas, gordura e vitaminas provenientes dos alimentos. 

Sob esse ponto de vista, não é exagero afirmar que, de todas as escolhas que fazemos na vida, não há nenhuma mais definidora do que somos e da forma como queremos nos relacionar com o mundo do que a decisão sobre o que comer. Quando alguém decide abrir mão de alguns tipos de alimentos e se declarar vegetariano, isso tem uma quantidade enorme de implicações. A intenção desta reportagem é discutir essas implicações. 

Há quatro razões principais para alguém ser vegetariano: espiritual, moral, ambiental ou médica (a quinta é gosto, mas, com o perdão pela segunda frase feita em tão pouco tempo, esse não se discute). A idéia é falar um pouco dessas quatro razões. Talvez as discussões e os dados que você vai ver aqui o ajudem a escolher seu caminho.Mas não espere encontrar regras para seguir ou verdades absolutas. Nesse tema, não há certo ou errado. Lembre-se: você é o que come. Portanto, a dieta ideal para você depende de quem você quer ser. 

Razões espirituais 

Quando os gregos antigos matavam um animal, faziam isso de forma ritual, sempre com a participação de um sacerdote. Por exemplo, ninguém comia as patas traseiras dos touros - apesar de carnudas e deliciosas, elas eram queimadas na fogueira. Era uma oferenda, um presente aos deuses em troca do direito de comer o resto do animal. 

"Talvez seja essa a origem dos deuses. Talvez a gente tenha inventado os deuses para podermos pôr a culpa neles. Eles nos deram permissão para comer carne. Eles nos deram permissão para brincar com coisas impuras. Não é nossa culpa, é deles. Somos apenas seus filhos." Quem disse isso foi a escritora vegetariana Elizabeth Costello, personagem de um livro de ficção - o excelente A Vida dos Animais, do Nobel de literatura de 2003, o sul-africano J.M.Coetzee. 

Embora esteja no reino da ficção, a hipótese de Elizabeth - a de que criamos deuses e religiões para justificar nosso hábito de matar para comer - não é nada absurda. Claro que não há como comprová-la. Não há como saber o que passava pela cabeça dos homens pré-históricos que começaram a ter preocupações espirituais. 

Mas há indícios. As primeiras demonstrações de capacidade simbólica humana - as pinturas nas paredes das cavernas, algumas com mais de 20 mil anos - são justamente imagens de animais que nos serviam de alimento.Não há tampouco como sabermos a razão exata pela qual os homens pintavam paredes.Mas os antropólogos especulam que os desenhos são homenagens aos animais mortos. Talvez se tratasse de uma espécie de acerto de contas, uma tentativa de substituir o bicho retirado do mundo por sua imagem. Ou talvez fosse apenas um pedido para que os animais voltassem no dia seguinte. 

Qualquer que seja a explicação, e há muitas, é difícil escapar de um caminho: os desenhos demonstram algum tipo de preocupação com o mistério da vida. Talvez estejam lá nossas primeiras manifestações de culpa por tirar a vida alheia para sustentar a nossa. 

Todas as religiões do mundo demonstram alguma preocupação com isso.Na maioria das religiões antigas, a solução adotada era a mesma dos gregos: os animais apenas podiam ser abatidos se houvesse uma cerimônia ritual, cercada de mistérios e respeito. Ou seja, só era permitido comer carne com a aprovação dos deuses. É assim até hoje no judaísmo e no islamismo. Os fiéis dessas duas religiões só podem consumir carne aprovada por um sacerdote, que atesta que o animal foi morto de forma correta. 

Foi pela boca, inclusive, que o cristianismo fisgou boa parte de seus fiéis. Enquanto religiões como o judaísmo restringiam o cardápio, o cristianismo era um grande self-service, aberto a todos, não importando o que comessem ou como comessem.O que vem de fora, dizem os cristãos, não pode fazer mal, porque o que importa está dentro: a fé. Na Idade Média, teólogos como Santo Agostinho e São Tomás de Aquino foram mais longe e afirmaram que a natureza - incluindo todos os animais - foi feita por Deus para usufruto dos humanos. Os animais seriam um presente de Deus aos homens. O vegetarianismo tem, portanto, um quê de herético para o cristianismo - é como recusar um presente divino.Você deve estar se lembrando de que os cristãos consideram a vida sagrada. É verdade.Mas é que, nesse caso,trata-se apenas da vida humana. Animais não têm alma. 

Já na Índia, há muito tempo se acha que eles têm alma, sim. Não só têm como é uma alma do mesmo tipo que a nossa - o hinduísmo acredita na transmigração das almas, ou seja, a sua pode já ter sido de um porco, de uma ave ou de uma samambaia. Na Antiguidade, os indianos recorriam a rituais para justificar comer carne.Até que, no século 6, nasceu um certo Buda. O budismo - e também o jainismo, uma outra religião surgida na mesma época - prega que toda vida é sagrada, e portanto é errado matar, mesmo que seja para comer. Nasceu assim o vegetarianismo religioso, que depois influenciou o hinduísmo. 

Hoje, no sul da Índia, centenas de milhões de hindus são vegetarianos porque acreditam que as almas dos animais são iguais às almas humanas. O hinduísmo praticado no norte do país até permite que se coma carne, mas o tabu persiste em relação às vacas. Para um hindu, uma alma precisa de 86 transmigrações antes de encarnar como bovino. Para virar homem, há que se esperar a 87ª. Se um homem mata uma vaca, é rebaixado até o nível mais inferior, o de demônio - tendo que passar por 87 vidas para poder ser gente de novo. 

Razões éticas 

Mas não vivemos mais num mundo regido pela religião.No nosso tempo, a razão substituiu Deus - é ela que deve nos dizer o que é certo e o que é errado. Essa é a opinião do filósofo Peter Singer, professor de bioética da Universidade Princeton, nos Estados Unidos, e um dos mais polêmicos intelectuais vivos. Singer tem dedicado sua vida acadêmica a construir uma ética para nossa era - um código moral que nos ajude a guiar nossas vidas num mundo que não é mais regido pelos valores religiosos. 

Um dos preceitos básicos do pensamento de Singer é o de que, mesmo que não haja um Deus para nos castigar, não podemos levar nossa vida de maneira completamente individualista. Não dá para cada um cuidar apenas dos seus interesses e satisfazer seus desejos sem se preocupar com os outros - o mundo seria um inferno assim. Portanto, temos que guiar nossas ações pelos interesses dos outros. Como saber então o limite? Até que ponto cada um de nós pode viver a própria vida sem se preocupar com os outros? Singer acha que a fronteira é o sofrimento: podemos buscar nossa própria satisfação, desde que não causemos sofrimento a outro. 

Até aí, o que ele diz não tem nenhuma novidade.A coisa complica quando ele inclui os animais entre esses "outros" da última frase do parágrafo anterior. Se o interesse de cada indivíduo é não sofrer, então por que eu tenho mais direitos que uma vaca? As vacas, como eu, sentem dor. E ninguém tem dúvidas de que elas, como nós, não gostam da dor: elas evitam o sofrimento como podem e sua reação de incômodo é tão convincente quanto a nossa. 

Será que temos mais direitos que as vacas porque somos mais inteligentes? Singer diz que não. Se inteligência fosse critério para determinar quem tem direitos e quem não tem, humanos menos inteligentes poderiam ser torturados. "Estamos preparados para permitir que submetam a experiências bebês humanos ou adultos retardados?" 

Para Singer, aceitar o sofrimento de animais é um preconceito nosso, uma discriminação. Nos últimos séculos, concordamos que tratar brancos e negros de forma diferente é racismo e que tratar homens e mulheres sem critérios iguais é machismo. Pois então: Singer afirma que o que estamos fazendo com os animais é "especismo"- ou seja, damos direitos maiores para nossa espécie. 

A tese de Singer é a de que simplesmente não temos o direito de impor uma vida de sofrimento a um animal apenas para satisfazer nosso paladar. Se a carne fosse necessária para sobrevivermos, até teríamos uma boa justificativa, mas ela não é. O filósofo vai além: ele diz que o crime que estamos cometendo ao submeter bilhões de animais a uma vida miserável é comparável ao Holocausto nazista. Não é à toa que ele é tão polêmico. 

Nem todo mundo concorda com ele. Um dos textos mais interessantes publicados recentemente em oposição a Singer saiu na revista New York Times Magazine em novembro de 2002, assinado pelo escritor Michael Pollan. Pollan tem uma visão, digamos, ecológica do Universo. Ele acha que as interações entre os animais são mais complexas que a retórica do tipo "estamos dominando e explorando os bichos". Pollan conta que a humanidade começou a domesticar animais quando as ovelhas se aproximaram dos nossos vilarejos, há mais de 5 mil anos, numa relação que poderíamos chamar de simbiótica. Elas dependiam de nós - porque as protegíamos das feras que representavam uma tensão constante -, nós comíamos algumas delas.Ou seja, não foi só o homem que aprisionou os animais - os animais também nos escolheram. 

Tudo isso para chegar à conclusão de que tentar definir o mundo pela lógica dos "direitos individuais", como faz Singer, pode ser um pouco limitado. "A moralidade é um artefato humano, criado para nos ajudar a negociar relações sociais", escreveu Pollan. "Assim como reconhecemos que a natureza não é um guia adequado para a conduta social humana, não seria antropocêntrico assumir que nosso sistema moral oferece um guia adequado para a natureza?" 

Sua conclusão: sim, temos a obrigação de tentar evitar o sofrimento animal. Mas, se só comermos carne de vacas e galinhas bem tratadas (e há muitos criadores investindo em animais mai "felizes"), ainda assim seríamos criminosos? Para essa pergunta, nem o próprio Singer tem resposta. "Não estou suficientemente confiante nos meus argumentos a ponto de condenar alguém que coma carne vinda de uma fazenda desse tipo", respondeu o filósofo. 

Pollan então propõe um novo movimento: o "humanocarnivorismo", que significa poder comer carne, desde que nos preocupemos com os animais. Sim, porque um fato é inegável: hoje, a imensa maioria dos animais criados para nos alimentar vive vidas horríveis. Passam anos trancados em espaços exíguos, tratado com brutalidade. O sistema industrial de produzir carne é sem dúvida cruel e pouca gente teria estômago para comer uma lingüiça depois de ver como ela é produzida. Ser vegetariano é um jeito de não colaborar com esse sistema. Mas Pollan mostrou que talvez haja outros. 

Razões ambientais 

Somos mais de 6 bilhões de pessoas na Terra. É um número grande a ponto de ameaçar um colapso ambiental. Essas 6 bilhões de pessoas mantêm vivos mais de 20 bilhões de animais - criados para produzir carne. Cada um deles precisa de comida, água e espaço. Cada um larga no solo fezes e urina. Sem falar nos gases que soltam na atmosfera - que são, acredite, um contribuinte importante para o efeito estufa e o aquecimento global. Cada um tem sua quota no rápido processo de esgotamento dos recursos naturais pelo qual estamos passando. 

Mais: hoje as duas maiores causas de desmatamento no planeta são a necessidade de ter mais pastos para o gado e de ter mais terra para plantar grãos. Acontece que 50% da produção mundial de grãos vira ração para animais. Ou seja, essas duas causas são dois lados da mesma moeda. 

Passando a régua, podemos dizer com todas as letras que um bife consome mais recursos da natureza que um prato de salada. Quando um animal come um vegetal, gasta 90% da energia dessa planta para funções vitais ou para produzir tecidos não comestíveis. Em outras palavras, se damos 1 000 calorias de soja para um boi, 100 calorias viram carne. O resto o bicho gasta mugindo, balançando a orelha, criando pêlo e em outras atividades bovinas. Ora,muito mais eficaz é pegar essa soja e dar logo para um humano - precisaríamos de muito menos terra para manter o mundo humano funcionando. 

Agora, por outro lado, nosso jeito de produzir vegetais atualmente causa poluição de rios e de lençóis freáticos. Não é um impacto tão grande quanto o da produção de carne, com certeza, mas está longe de ser um jeito harmônico de conviver com o planeta. 

Vegetarianismo médico 

A última das quatro razões para virar vegetariano é a mais freqüente no Ocidente. Vivemos num mundo onde há excesso de nutrientes - e boa parte dos nossos problemas de saúde é causada por esse excesso. Depois do tabaco, a maior causa de doenças cardíacas e câncer - as duas doenças que mais matam no Brasil - é a dieta. E o maior problema com a dieta é a falt de vegetais variados (que protegem contra várias doenças e prolongam a vida) e o excesso de proteínas e gordura (que aparecem em grande quantidade na carne). 

O que muita gente não sabe é que simplesmente parar de comer carne não é uma solução garantida para equilibrar a dieta. Se você trocar os bifes por massas e queijos vai ganhar pouca saúde a mais. Queijos e derivados de leite são tão protéicos e gordurosos quanto a carne, mas muito menos nutritivos. Açúcares e massas de farinhas refinadas possuem uma grande quantidade da pior espécie de carboidratos, aqueles que, em excesso, causam obesidade e até diabetes. 

Mas de uma coisa os cientistas não têm dúvida: vegetais fazem bem - muito bem. A soja - e mais ainda os alimentos processados feitos a partir dela, como o tofu, o tempê e o missô - tem isoflavona, que protege contra câncer de mama e osteoporose. O alho tem alicina, benéfico ao sistema imunológico e bloqueador de tumores. Frutas e legumes amarelos e laranjas, como a cenoura e o tomate, têm betacaroteno, ótimo para evitar câncer no estômago.Brócolis e couve-de-bruxelas possuem alcalóides que diminuem a incidência de várias doenças. Fibras, presentes em cereais integrais e em vários vegetais, também parecem ter algum efeito protetor. Vitaminas A, C e E, encontradas em vários vegetais, são antioxidantes, o que pode ser também uma prevenção ao câncer. E por aí vai. 

Se sua dieta é muito rica nesses alimentos, você certamente será saudável. Mesmo que coma um pouquinho de carne. Se você não come muitos vegetais, então está maltratando sua saúde. Mesmo que não coma carne. 

Para resumir 

Muita coisa foi dita nesta reportagem. Acho que dá para resumir assim: 

A vida é sagrada para a maior parte das religiões. Por isso, parar de comer carne é um jeito de viver em paz com a consciência.Mas não é o único. Tratar os animais com mais respeito, ser mais reverente e agradecido aos seres que lhe fornecem a carne pode ser um jeito de trazer alívio espiritual. 

Parar de comer carne também é um jeito de diminuir o sofrimento dos animais. De novo, não é o único. Diminuir a quantidade de carne nas refeições e preferir carne de animais criados em boas condições, como as orgânicas e as galinhas caipiras, já é uma boa ajuda. 

O vegetarianismo sem dúvida diminui nosso impacto ambiental.Mas escolher alimentos orgânicos, mesmo que não se abandone a carne, também. 

Comer muitos e variados vegetais faz bem para a saúde e prolonga a vida.Mesmo que se coma um pouquinho de carne. 

Adotar o vegetarianismo é uma ótima forma de se relacionar com o mundo e com nosso corpo.Mas não é a única boa opção. É possível comer carne e, ainda assim, respeitar os animais, o planeta e a saúde. Daí para a frente, é com você. 

Para largar a carne 

Coma muitos vegetais variados. Se você não gosta de vegetais, mude seu gosto (ou não seja vegetariano). Os que se baseiam em massas e laticínios podem ficar desnutridos. 

Aprenda com quem sabe. Indianos são vegetarianos há quase 3 mil anos. Mergulhe na culinária deles se não quiser abrir mão do sabor. 

Aprenda a cozinhar. Não é fácil se vegetariano se você só come fora ou come o que um não-vegetariano faz. 

Freqüente lojas de comidas orientais. Só lá você vai encontrar delícias supernutritivas como as algas japonesas hijiki e wakame. E abuse dos derivados de soja, como o tofu, o tempê e o missô. Eles são mais nutritivos que a própria soja. 

Estude nutrição. Conheça cada alimento e saiba de quanto você precisa para viver. Conhecer os nutrientes é muito saudável - inclusive para não-vegetarianos. 

Crianças podem ser vegetarianas. Mas só se os pais souberem muito de nutrição. Atenção: crianças e adolescentes, ao contrário de adultos, precisam consumir muitas calorias, mas não muitas fibras, que atrapalham a absorção das calorias. 

Se você é vegan (não consome nenhuma proteína animal), pode achar praticamente todos os nutrientes de que precisa nas plantas. Mas tem um nutriente que só existe em animais: vitamina B12. Vegans precisam tomar suplemento dessa vitamina (biscoito vitaminado ou complexo vitamínico resolve). 

Que tipo de vegetariano é você? 

SEMIVEGETARIANO 
Nem se pode dizer que é vegetariano. É o menos radical e menos extremista. Geralmente evita carnes vermelhas, mas come peixes e às vezes aves. 

OVOLACTOVEGETARIANO 
É o vegetariano mais comum no Ocidente: evita qualquer tipo de carne, mas come ovos e laticínios. 

LACTOVEGETARIANO 
É o tipo de vegetariano mais numeroso no mundo, por razões religiosas. Milhões de hindus evitam, além das carnes, os ovos, que também possuiriam a vibração da vida. Mas laticínios estão liberados. 

VEGAN 
Está no outro extremo: não ingere nenhum tipo de comida animal, incluindo leite, ovos e mel. Evita também couro de vacas, lã, seda e qualquer produto que implique a morte ou o confinamento de animais. 

HUMANOCARNÍVORO 
Uma nova classificação criada pelo escritor americano Michael Pollan. São as pessoas que até comem carne, mas tentam evitá-la e se preocupam com as condições em que os animais foram criados e mortos. 

CRUDIVORISTA 
Numa tentativa de ter uma dieta o mais "natural" possível, esse tipo de vegetariano come apenas vegetais crus. A idéia é evitar qualquer coisa preparada a mais de 45 graus, sob a justificativa de que, a partir dessa temperatura, as enzimas do alimento se degradam. Mas a verdade é que a degradação de algumas proteínas nem sempre é uma desvantagem. Muitos nutrientes de vegetais ficam indisponíveis para o organismo humano se não são aquecidos o suficiente. 

FRUGIVORISTA 
Preocupa-se não apenas em poupar os animais, mas também os vegetais. O frugivorista considera uma agressão às plantas arrancar partes de que ela precisa, como as folhas ou as raízes. A dieta se limita ao que o vegetal "oferece": frutos, castanhas, sementes, grãos. Assim como o crudivorismo, pode acarretar carências nutricionais.

PARA SABER MAIS
• Vegetarianismo, Denis Russo Burgierman, Superinteressante, 2003
• A Vida dos Animais, J.M. Coetzee, Companhia das Letras, 2002
• Vida Ética, Peter Singer, Ediouro, 2000
• Becoming Vegetarian, Vesanto Melina, Brenda Davis e Victoria Harrison, Book Publishing Company, EUA, 1995
• Beyond Beef - The Rise and Fall of the Cattle Culture, Jeremy Rifkin, Plume Book, EUA, 1993 


sábado, 25 de fevereiro de 2012

Consequências do consumo



Vaquejadas: vamos votar NÃO!


VAQUEJADAS


Tramita na Câmara projeto que regulamenta a vaquejada como atividade esportiva. Pela proposta (Projeto de Lei 3024/11), do deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), a atividade será regulada e remunerada nos termos da Lei 10.220/01, que regula a profissão de vaqueiro.
As vaquejadas submetem os animais a sofrimento físico e mental. São luxações, fraturas, hemorragias internas, cauda quebrada, além do pavor a que são submetidos pelos praticantes. Antes destas torturas, os animais são submetidos a um longo período de confinamento.
Acesse http://goo.gl/FhqmO e vote NÃO!
 
A enquete está localizada ao final do artigo.
 
No momento (9:55h) a votação está assim:
 
  • Sim - 64,71%
  • Não - 34,97%
  • Não sei - 0,32%

Fonte: Olhar Animal

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Manifestação Nacional e internacional contra a Vivissecção


Fonte: Contato animal


Informações atualizadas sobre a II Manifestação Nacional e internacional contra a Vivissecção - 28 de abril (CADEIA-WEEAC)

II Manifestação Nacional  / Internacional Anti Vivissecção e Experimentação Animal


Eventos nacionais e internacionais: sábado, 28 de Abril de 2012
 Simultaneamente em diversas cidades brasileiras e do exterior em 28/04
No ano passado fomos 5 capitais brasileiras. Este ano, faremos muito melhor e maior!
Já estamos confirmando as cidades que participarão, no Brasil e no exterior.
Todas no dia 28 de abril de 2012, sincronizadamente e no mesmo horário.
Parceria Cadeia para quem Maltrata os Animais - Weeac Brasil - Weeac Internacional

Se você deseja se manter informado sobre a expansão das cidades participantes, vá acompanhando as informações que irão sendo acrescentadas, pouco a pouco, ao longo das próximas semanas, aqui dentre as informações do Evento.
iniciativa: Cadeia para quem Maltrata os Animais
Apoio: Weeac - organizadora nos demais países:
Ver os links dos demais países em:  http://www.facebook.com/events/176692349100904/
Organização Nacional: Norah André - Cadeia-Weeac Brasil
Organização internacional: Dawn Groth - WEEAC


 Nosso MANIFESTO, redigido por Sergio Greif, em 17/02/2012 Manifesto da II Manifestação Nacional/internacional do dia 28 de abril contra a Vivissecção e a Experimentação Animal. Redigido por Sergio Greif, em 17 de fevereiro de 2012.
http://contatoanimal.blogspot.com/2012/02/manifesto-da-ii-manifestacao-nacional.html 

Nosso 1o video informativo:
http://youtu.be/olyMkGAS7Ik 


BLOG com textos informativos sobre o tema:
http://contatoanimal.blogspot.com/ 

RELAÇÃO ATUALIZADA das cidades brasileiras que integram o evento nacional e internacional:
http://contatoanimal.blogspot.com/2012/02/ii-manifestacao-nacional-anti.html 

PETIÇÕES para as quais estamos pedindo assinaturas:
http://contatoanimal.blogspot.com/2012/02/peticoes-relacionadas-vivisseccao-e.html 


Cidades já confirmadas: (organizadores responsáveis, por localidade)


1. CAPITAIS BRASILEIRAS (por ordem de adesão)


Rio de Janeiro - Wania McCartney, Norah
http://www.facebook.com/events/102584269865293/

São Paulo capital - Lilian Martins
http://www.facebook.com/events/178304675608724/

Brasília - Patricia El-Moor
http://www.facebook.com/events/297344816989265/

Curitiba - Amanda Simão, Hellen Heindyk, Marlene Chaves, Yanê Carvalho http://www.facebook.com/events/146075898843567/

Florianópolis - Daniel Ribeiro http://www.facebook.com/events/165051260271903/

Belo Horizonte - Janine Guido
http://www.facebook.com/events/177108889060638/

Salvador - Marcio Lupi
http://www.facebook.com/events/337546809599878/

Campo Grande - Renata Costa, Abrigo dos Bichos
http://www.facebook.com/events/170657549709553/

Recife - MDA-PE
http://www.facebook.com/events/143653892419855/

Manaus - Ingrid Benton
http://www.facebook.com/events/203180553113957/

Teresina - Daniella Marreiros e APIPA
 http://www.facebook.com/events/142247725894121/

Natal - Simone Lima
http://www.facebook.com/events/246530108756612/

Goiânia, GO - Patricia Magalhães
http://www.facebook.com/events/102444816548903/

Vitória, ES: Raphael Youth & Grupo Abolicionista pela Libertação Animal http://www.facebook.com/events/247774755303414/

Fortaleza, CR - Geuza Leitão, UIPA
http://www.facebook.com/events/236612179761057/

Porto Alegre, RS: Cathy Souto Gaia, Sea Sheperd
http://www.facebook.com/events/306511529404998/

Boa Vista, Roraima: Nanci Bahia Diniz
http://www.facebook.com/events/252303718179021/

2. NÃO-CAPITAIS (por ordem de adesão)

Sorocaba - COMISSÃO DE JUSTIÇA E DIREITOS DOS ANIMAIS http://www.facebook.com/events/221449147944685/

Nova Friburgo - Alexandra Chevrand
http://www.facebook.com/events/315221098515228/

Niterói - Marcelo Pereira da Costa
http://www.facebook.com/events/171098952998982/

Maringá - Flavio Mantovani
http://www.facebook.com/events/342952659059225/

Tatuí, SP - José Franson
http://www.facebook.com/events/333998683290164/

Itapetininga, SP - Eliane Bazolli
http://www.facebook.com/events/142993549153143/

Caxias do Sul, RS - Silvana Santos
http://www.facebook.com/events/207817525981318/

Praia Grande, SP -
http://www.facebook.com/events/101591149967400/

Ribeirão Preto, SP - Viviane Alexandre, AVA
http://www.facebook.com/events/224135347675651/?context=create Poços de Caldas, MG - Sheila Patresi http://www.facebook.com/events/344008278954502/

Londrina, PR - Carolina Veríssimo
http://www.facebook.com/events/105272216269208/

Blumenau, SC - Sueli Amaral (Hachi ONG)
http://www.facebook.com/events/217764781652115/

Caxambu, MG - Liana Bahia
http://www.facebook.com/events/283109921756463/

Bauru, SP - Gabriela Righetti
http://www.facebook.com/events/329868397058290/

Foz do Iguaçu, PR - Bruna Borba, Leandro Benhur Martins & Bioma Brasil - UMRAS, ONG Vida Animal http://www.facebook.com/events/320926684619850/

Taubaté, SP - Cristina Lessa, Regina Flavio e Letícia Silva http://www.facebook.com/events/231905490232235/

Campinas, SP: João Manoel Aguilera Junior.
http://www.facebook.com/events/322514827799328/

Barbacena, MG: Kenia Sfreddo
http://www.facebook.com/events/241949099221976/

Formiga, MG : Carol Reis & Associação Protetora dos Animais de Formiga/MG - APAF http://www.facebook.com/events/372368846125797/

São José do Rio Preto, SP: Thais Cotês
http://www.facebook.com/events/274056619330813/

Campina Grande, PB _ Lorene Dias Ferreira, Rodrigo Freire Costa, Fórum Municipal de Proteção e Bem Estar Animal, e Fórum Estadual de Proteção e Defesa Animal do Estado da Paraíba. http://www.facebook.com/events/221971611232942/


Cidades do interior dos estados também deverão aderir, a depender exclusivamente do surgimento de organizadores para conduzí-las.

Se você tem vontade de organizar um Evento em sua cidade, por favor, escreva para vivissec2012@gmail.com
A participação de todos é extremamente bem vinda.
Informe seu Nome, cidade e disponibilidade.
Nós iremos fornecer todo o material necessário para a reprodução por cada cidade e grupo organizador.

- Cidades em outros países:

Portugal - Lisbon

Australia, Melbourne
https://www.facebook.com/events/301350646585371/ 

Australia, Perth
https://www.facebook.com/events/249496831797246/ 

United Kingdom, Birmingham
https://www.facebook.com/events/299592730097478/ 

Los Angeles, California - USA
https://www.facebook.com/events/322899594427044/ 

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Denuncie os maus tratos


Fonte: PEA

Realmente é muito triste saber que atrocidades com animais ocorrem a todo momento. É por isso que a PEA foi criada. Para conscientizar as pessoas e orientá-las a denunciar esse tipo de atitude. E a melhor forma para isso é divulgar a todos os seus contatos sobre a realidade. Quando as pessoas tomam conhecimento das crueldades a que são submetidos os animais, seja para a indústria de vestuário, seja na cosmética, no entretenimento ou para a alimentação do ser humano, acaba por tomar atitudes em prol dos animais, deixando antigos hábitos de lado. Conscientização é a chave de tudo! É a melhor maneira de combater os crimes contra animais.

A PEA pede que seus ativistas, ao presenciar qualquer ocorrência ou emergência com animais que exija intervenção, tomem o caso para si e ajam pessoalmente de forma imediata. Muitas vezes perde-se muito tempo na procura por ajuda ou no aguardo de que outros tomem providências. Ocorrências com animais normalmente são emergenciais. A PEA não tem abrigos e não faz resgate de animais.
  
Qualquer ato de maus-tratos envolvendo um animal deverá ser denunciado na Delegacia de Polícia. Aconselhamos que os casos de flagrante de maus-tratos e/ou que a vida de animais estejam em risco, acione a Polícia pelo 190 e aguarde no local até que a situação esteja regularizada. A Lei 9605/98 (Lei de Crimes Ambientais) prevê os maus-tratos como crime de comina as penas. O decreto 24645/34 (Decreto de Getúlio Vargas) determina quais atitudes podem ser consideradas como maus-tratos.

Sempre denuncie os maus tratos. Essa é a melhor maneira de combater os crimes contra animais. Quem presencia o ato é quem deve denunciar. Deve haver testemunha, fotos e tudo que puder comprovar o alegado. Não tenha medo. Denunciar é um ato de cidadania. Ameaça de envenenamentos, bem como envenenamentos de animais, também podem e devem ser denunciados.

  
- Abandonar, espancar, golpear, mutilar e envenenar;
- Manter preso permanentemente em correntes;
- Manter em locais pequenos e anti-higiênico;
- Não abrigar do sol, da chuva e do frio;
- Deixar sem ventilação ou luz solar;
- Não dar água e comida diariamente;
- Negar assistência veterinária ao animal doente ou ferido;
- Obrigar a trabalho excessivo ou superior a sua força;
- Capturar animais silvestres;
- Utilizar animal em shows que possam lhe causar pânico ou estresse;
- Promover violência como rinhas de galo, farra-do-boi etc..

Outros exemplos estão descritos no Decreto Lei 24.645/1934, de Getúlio Vargas.


Art. 32º
Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos:
Pena: detenção, de três meses a um ano, e multa.
§ 1º Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos.
§ 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal.


01) Certifique-se que a denúncia é verdadeira. Falsa denúncia é crime conforme artigo 340 do Código Penal Brasileiro.

02) Tendo certeza que a denúncia procede, tente enquadrar o “crime” em uma das leis de crimes ambientais.

03) Neste momento, você pode elaborar uma carta explicando a infração ao próprio infrator e dando um prazo para que a situação seja regularizada. Se for situação flagrante ou emergência chame o 190.

O que deve conter a carta:
- A data e o local do fato
- Relato do que você presenciou
- O nº da lei e o inciso que descreva a infração
- Prazo para que seja providenciada a mudança no tratamento do animal, sob pena de você ir à  delegacia para denunciar a pessoa responsável

Ao discar para o 190 diga exatamente: - Meu nome é “XXXXX” e eu preciso de uma viatura no endereço “XXXXX” porque está ocorrendo um crime neste exato momento.

Provavelmente você será questionado sobre detalhes do crime, diga: - Trata-se de um crime ambiental, pois “um(a) senhor(a)” está infringindo a lei “XXXXX” e é necessária a presença de uma viatura com urgência.

05) Sua próxima preocupação é com a preservação das provas e envolvidos. Se possível não seja notado até a chegada da polícia, pois um flagrante tem muito mais validade perante processos judiciais.

06) Ao chegar a viatura, apresente-se com calma e muita educação. Lembre-se: O Policial está acostumado a lidar com crimes muito graves e não deve estar familiarizado sobre as leis ambientais e de crimes contra animais.

07) Neste momento você deverá esclarecer ao policial como ficou sabendo dos fatos (denúncia anônima ou não), citar qual lei o(a) senhor(a) está infringindo e entregar uma cópia da lei ao policial.

08) Após isso, seu papel é atuar junto ao policial e conduzir todos à delegacia mais próxima para a elaboração do TC (Termo Circunstanciado).

09) Ao chegar à delegacia apresente-se calma e educadamente ao Delegado. Lembre-se: O Delegado de Polícia está acostumado a lidar com crimes muito graves e não deve estar familiarizado sobre as leis ambientais e de crimes contra animais.

10) Conte detalhadamente tudo o que aconteceu, como ficou sabendo, o que você averiguou pessoalmente, a chegada da viatura e o desenrolar dos fatos até aquele momento. Cite a(s) lei(s) infringida(s) e entregue uma cópia ao Delegado (Isso é muito importante).

11) No caso de animais mortos ou provas materiais é necessário encaminhar para algum Hospital Veterinário ou Instituto Responsável e solicitar laudo técnico sobre a causa da morte, por exemplo. Peça isso ao Delegado durante a elaboração do TC.

12) Todo esse procedimento pode levar horas na delegacia. Mas é o primeiro passo para a aplicação das leis e depende exclusivamente da sociedade. Depende de nós!

13) Nuca esqueça de andar com cópias das leis (imprima várias cópias). Consulte no linkConsulte Aqui.

14) Siga exatamente esse roteiro ao chamar uma viatura e tenha certeza que o assunto será devidamente encaminhado.

15) Se a Polícia não atender ao chamado, ligue para a Corregedoria da Polícia Civil e informe o que os policiais  disseram quando se negaram a  atender. Mencione a Lei 9605/98


01) Fotografe e/ou filme os animais vítimas de maus-tratos. Provas e documentos são fundamentais para combater transgressões.

02) Obtenha o maior número de informações possíveis para identificar o agressor: nome completo, profissão, endereço residencial ou do trabalho.

03) Em caso de atropelamento ou abandono, anote a placa do carro para identificação no Detran.

04) Peça sempre cópia ou número do TC e acompanhe o processo.

05) É extremamente importante processar o infrator, para que ele passe a ter maus antecedentes junto à Justiça.

06) Não tenha medo de denunciar. Você figura apenas como testemunha do caso. Quem denuncia, na prática, é o Estado.


- IBAMA - Linha Verde: 0800 61 80 80
Disque Meio Ambiente: 0800 11 35 60
- Corpo de Bombeiro: 193
- Polícia Militar: 190
- Ministério da Justiçawww.mj.gov.br
 
 São Paulo
Disque-Denúncia
  181 (ligação gratuita disponível para moradores da Grande São Paulo)

- Ministério Público - SP
   (11) 3119-9015 / 9016 / R. Riachuelo, 115 - Centro - SP
 
- Promotoria de Justiça do Meio Ambiente
   (11) 3119-9102 / 9103 / 9800

- Corregedoria da Polícia Civil
   (11) 3258-4711 / 3231-5536 / 3231-1775   /  R. da Consolação, 2.333 - Centro - SP

- Corregedoria da Polícia Militar: 0800 770 6190
 - Secretaria de Segurança Públicawww.ssp.sp.gov.br

- Polícia Militar Ambientalwww.polmil.sp.gov.br
 
PMSP - Comando de Policiamento Ambiental - Efetivo: 2244
  (11) 5082-3330 / 5008-2396 / 2397-2374
 
Delegacia do Meio Ambiente: (11) 3214-6553

Ouvidoria da Polícia: 0800-177070 / www.ouvidoria-policia.sp.gov.br

- Prefeitura de São Paulohttp://sac.prodam.sp.gov.br
 
Superintendência do Ibama: (11) 3066-2633 / (11) 3066-2675

- Ouvidoria Geral do Ibama:
   (11) 3066-2638 / 3066-2638 / (11) 3066-2635 / lverde.sp@ibama.gov.br

 
Distrito Federal
- ProAnima: (61) 3032-3583
- Delegacia do Meio Ambiente da Polícia Civil: (61) 3234-5481
- Gerência de Apreensão de Animais: (61) 3301-4952
- Ministério Público: (61) 3343-9416


Rio de Janeiro
- Ministério Público: (21) 2261-9954

 
Se você viu uma cena de maus-tratos, incentivo ou apologia à crueldade com animais em um programa de TV, Não fique quieto! DENUNCIE ao Ética na TV - "Quem financia a Baixaria é Contra a Cidadania.
Ética na TV: www.eticanatv.org.br


Sites, comunidades e perfis que incitem ou façam apologia aos maus tratos com animais é crime:
- Incitação a Crime - Art 286 do Código Penal
- Apologia de Crime ou de Criminoso - Art. 287 do Código Penal


Delegacia de Meios Eletrônicos de São Paulo
(11) 6221-7011 / R 208, 209 / Av. Zaki Narchi, 152 - Carandiru - SP

Safer Netwww.safernet.org.br
 

Por Dra. Maria Cristina Azevedo Urquiola, Advogada / mca_urquiola@ig.com.br / (11)9654-8038

Como proceder quando alguém ameaça envenenar seus animais, queixa comum quanto a gatos e cães.

1º) A “ameaça” é um crime e está previsto no art. 147 do Código Penal (Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave: Pena – detenção, de um a seis meses, ou multa).

Segundo os penalistas como Julio Fabbrini Mirabete, a ameaça deve ser capaz de intimidar, aquela capaz de restringir a liberdade psíquica da vítima, com a promessa da prática do mal grave e injusto. O “mal” de que fala a lei, é justamente esse envenenamento que pode matar, bem como outro mal qualquer como ferir, mutilar o seu animal. O crime se consuma no momento em que a vítima toma conhecimento da ameaça.

A ameaça é crime que se apura mediante representação da vítima ou de seu representante legal, na Delegacia de Polícia.

Na dúvida sobre registrar a ameaça de envenenamento em Termo Circunstanciado ou Boletim de Ocorrência, fui pessoalmente à Ouvidoria da Polícia, que me orientou registrar um B.O. com o título "Preservação de Direitos".

Faz-se necessário, portanto, o registro de Boletim de Ocorrência por infração ao Código Penal a fim de resguardar os seus direitos conferidos pelo art. 5º da Constituição Federal (vida, liberdade, igualdade, segurança e propriedade) e os dos animais, protegidos pela Lei Federal n.º 9.605 de 1998, para que no futuro possa ser acionado o Réu no Poder Judiciário.

Você, querendo, pode pedir para consignar que em virtude da ameaça você tem medo de sair de sua casa e, ao voltar, encontrar suas crianças envenenadas, além dos seus animais. 

Não se esqueçam de que a nossa Polícia Preventiva está aí para: Proteger a coletividade, Assegurar direitos,    Manter a ordem e o bem-estar, Efetuar prisões em flagrante e de egressos das prisões.

2º) Você conhece o excelente  “MODELO/ ORIENTAÇÃO PARA PREENCHIMENTO DA “NOTÍCIA CRIME”, que o Instituto Nina Rosa (Clique Aqui para vê-lo)  divulgou, elaborado pela advogada ambientalista Dra. Viviane Cabral? Preste atenção a mais esta dica:

Esse modelo apresentado pela douta colega nada mais é senão a efetivação do direito garantido no inciso XXXIV do art. 5º da Constituição Federal, onde: “são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas: a)o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direito ou contra ilegalidade de poder; (...)”.
            
É isso aí, ou seja, você pode, sem a necessidade de pagar advogado para isso, fazer a sua própria petição à Delegacia de Polícia, caso você, por algum impedimento, não pôde lavrar seu Boletim de Ocorrência nos órgãos da Segurança Púbica.

O Direito de Petição cabe a qualquer pessoa, física ou jurídica, por indivíduo ou grupo de indivíduos, por nacionais ou estrangeiros e pode ser dirigido a qualquer autoridade do Legislativo, do Executivo ou do Judiciário, QUE TEM O DEVER DE SE PRONUNCIAR SOBRE ELA, acolhendo-a ou não, com a devida motivação.            

Reclamações, Queixas e Sugestões Sobre a Atividade Policialwww.ouvidoria-policia.sp.gov.br
Disque Ouvidoria da Polícia: 0800-177070 - Atendimento de 2ª-6ª feira, das 9h às 17h
Atendimento PessoalDas 9h às 15h - Rua Libero Badaró, 600

"Em quase oito anos de existência, esta Ouvidoria vem consolidando, pouco a pouco, o seu papel institucional de efetiva contribuição para a melhoria e o aperfeiçoamento da atividade policial, sobretudo nos aspectos da legalidade, eficiência e prática dos valores democráticos."

Obras e artigos consultados:
- Direito dos Animais, de Laerte Fernando Levai;
- Direito dos Animais, de Diomar Ackel Filho;
- Constituição Federal/88;
- Código Penal;
- Ouvidoria da Polícia Civil do Estado de São Paulo.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Argumentos contra o vegetarianismo (e suas respostas)


Quem, ao se tornar adepto do vegetarianismo/veganismo, nunca ouviu as questões abaixo?

1 - Por que você parou de comer carne?

Resposta: cada um tem suas razões. Alguns alegarão a saúde, pura e simplesmente (estes, talvez, ainda se alimentem de peixes). Muitos vegetarianos deixaram de comer carne e derivados de animais pela questão moral e ética que acompanha a produção e o tratamento que os animais recebem. Ninguém tem o direito de escolher matar um animal (ainda que de forma “indireta”, como muitos alegam fazer, já que não estão matando os animais com as próprias mãos).

2 – mas eles não sofrem...

Resposta: quem disse? Pergunte quantas pessoas já visitaram um matadouro para conferir se não há sofrimento. Aliás, ainda que o resultado final não fosse a morte, o tratamento à base de ração rica em hormônios, o confinamento e a privação de uma vida normal já não constituem sofrimento suficiente? Tudo isso para alimentar a luxúria daqueles que “não podem viver sem carne”. A maior parte das pessoas sequer já viu um documentário sobre a produção de sua própria comida e a realidade por trás da criação de animais. A alienação é mais confortável, porque escusa da culpa.

3 – mas o homem é carnívoro...

Resposta: qualquer livro de biologia certamente poderá desmentir essa ideia. O homem é onívoro, ou seja, pode se alimentar de carne ou de vegetais, na verdade, ele não é essencialmente carnívoro, não precisa de carne para sobreviver.

4 – e você vai viver do que?

Resposta: de todo o resto que não deriva ou possui componentes animais. Ninguém vai ficar doente apenas porque se tornou vegetariano, desde que mantenha uma dieta balanceada. Existem diversas fontes de proteínas vegetais, como leguminosas em geral (feijão, lentilha, soja e grão-de-bico).  Para saber mais, leia nutrição vegetariana e O Mito da proteína.

5 – mas e as plantas? Elas também são seres vivos...

Talvez esse seja o melhor de todos os argumentos. Não se pode negar que as plantas são seres vivos e que respondem à estímulos diversos (como atitudes positivas ou negativas, influências do ambiente, música, etc), como já demonstrado em inúmeras pesquisas. A ausência de sistema nervoso, porém, descarta a possibilidade da sensação de dor, pelo menos como a conhecemos. Isso não significa que não sintam nada, mas daí a sentirem dor e medo, é uma longa distância.
Os vegetais não têm a consciência. Os animais a possuem (a chamada senciência), embora de forma diferente do homem, mas a possuem. Assim, não é possível comparar a sensação que o animal tem antes de morrer com aquela que os vegetais têm. 
Nem sempre é neecssário matar a planta 
Além disso, outro argumento é que boa parte dos vegetais cultivados se destina a alimentar animais para o abate, aliás, se toda essa produção fosse destinada apenas à alimentação humana, não haveria fome no mundo.

Algumas fontes para pesquisa:

10 fontes de proteínas que podem substituir a carne


As proteínas são necessárias para formação e manutenção dos órgãos, tecidos e células . Foto: Getty Images
A alimentação é o combustível que mantém o corpo em funcionamento, mas também está associada a diversos problemas de saúde. Um dos principais produtos ligados a doenças, como aumento das más gorduras no sangue ou maior risco do desenvolvimento de câncer, as carnes são as fontes mais conhecidas de proteínas. 

Cada vez mais os alimentos de origem animal ocupam destaque nas preocupações com a saúde devido aos altos níveis de gordura, bem como aos antibióticos e substâncias químicas usadas na criação dos animais. "O excesso de alimentos de origem animal, ricos em proteínas e gorduras, e a carne vermelha, podem intoxicar o corpo e acidificar o sangue, drenar o cálcio, sobrecarregar o fígado e os rins, estagnar a digestão e destruir as bactérias benéficas", escreveu Gillian McKeith no livro Você é o Que Você Come, publicado no país pela editora Campus. 

As proteínas são necessárias para formação e manutenção dos órgãos, tecidos e células e devem corresponder a 15% do valor calórico total consumido diariamente. Pois saiba que os cuidados em relação ao consumo de carnes não devem excluí-las totalmente do cardápio. 

Em contrapartida, há também diversos alimentos, boas fontes de proteínas vindas de cereais e frutas, que fornecem ao organismo as chamadas proteínas completas, fontes dos aminoácidos essenciais ao corpo. 

Conheça alternativas ao consumo de carne em 10 fontes de proteínas, listada pelo site The Food Doctor.com. 


Coco: oito porções de coco, cerca de 80g, correspondem ao consumo proteico semelhante a um filé de frango. Os benefícios são obtidos quando se come a fruta ou se toma o leite feito a partir dela. A restrição fica por conta da grande quantidade de gordura saturada contida no alimento. Coco também é rico em fibras. 


Arroz integral: boa fonte de proteínas, cerca de 2,5%, mas não na versão completa. Por isso deve ser consumido com outros alimentos ricos em proteínas para fornecimento de todos os aminoácidos necessários ao corpo. É ainda rico em fibras e um carboidrato de absorção lenta, que ajuda a disparar a liberação de substâncias químicas que promovam bem-estar, como a serotonina. 


Sopa tipo Missô: um dos principais pratos da culinária japonesa é também uma boa fonte de proteínas. Feita a partir de grãos de soja fermentados, a sopa tipo Missô contém 12% de proteínas completas. Ainda fornecem ao corpo isoflavonoides, que combatem hipertensão e mau colesterol, e melhoram a digestão. Bastam três porções para receber a mesma quantidade de proteínas contida num filé de frango. 


Beterraba: seis unidades pequenas correspondem ao consumo de um filé de frango, considerando-se a quantidade de proteínas completas. É ainda alimento de baixa caloria, rico em antioxidantes, especialmente os que beneficiam o fígado. 


Grão-de-bico: a quantidade de proteínas contida no alimento chega a 23%. Apesar do alto índice, elas não são do tipo completo e, por isso, precisam ser combinados a outros, como arroz integral ou ervilhas, para fornecimento de todas as substâncias que o corpo precisa. Os benefícios do grão-de-bico vão além. É um alimento rico em sais minerais, vitaminas do complexo B, fibras, cálcio, ferro, magnésio, e está associado ao aumento da produção de serotonina no organismo. 


Pasta de amendoim: pode soar estranho que a iguaria seja boa fonte de proteína, mas é. Contém cerca de 28% dos nutrientes, mas na versão incompleta. Além disso, o amendoim é fonte de substâncias antioxidantes associadas à boa saúde cardíaca e vascular. 


Ervilhas: os pequenos legumes possuem cerca de 5% de proteínas. Essa propriedade é mantida no alimento fresco, congelado ou em conserva. A proteína contida, no entanto, não é do tipo completo, e por isso as ervilhas podem ser combinadas com outros alimentos fontes de proteína para fornecimento dos aminoácidos necessários ao corpo. As verdinhas também são ricas em vitaminas C e K e sais minerais. 


Abacate: a quantidade de proteína contida na fruta é quase a mesma encontrada no leite integral. Cada unidade oferece cerca de 2% de proteínas. Para chegar à mesma quantidade de um filé de frango, seria necessário consumir cerca de 15 unidades, mas não é essa a recomendação. A combinação de alimentos consumidos ao longo do dia é que deve somar a quantidade diária necessária de proteínas. Ele ainda é rico em fibras e ômega 6 e combate à hipertensão e ao mau colesterol. 


Aveia: cada porção fornece 3% de proteínas completas ao corpo. Para o organismo receber a mesma quantidade presente em um filé de frango seria necessário consumir 11 porções. Não é uma indicação, apenas uma comparação. A dieta ao longo do dia é que deve fornecer a quantidade de proteínas necessárias à manutenção do corpo. A aveia, na forma de grãos ou farinha, é boa fonte de antioxidantes e de vitaminas do complexo B. 


Quinoa: o cereal que vem da região dos Andes é uma das principais fontes de proteínas entre os grãos. Cada 100g de quinoa contêm 15g de proteínas. A quantidade pode variar um pouco, em razão da diversidade de sementes. Disponível no mercado em grãos e até em versões cozidas, é também excelente fonte de fibras. Duas porções do alimento, cerca de 160g, contêm o mesmo nível de proteínas que um filé de frango. 


Fonte