terça-feira, 27 de outubro de 2009

O mito da proteína

Todo vegetariano já ouviu trilhões de vezes a pergunta “mas como você faz para substituir a proteína?”. Para aqueles que estão se tornando vegetarianos, preparem-se, pois irão ouvir esse e muitos outros questionamentos a respeito da proteína em sua alimentação.
Essa pergunta deriva da crença equivocada que todos precisam da proteína animal. Isso não é verdade. Aqueles que entendem pouco de nutrição alegarão que os vegetarianos são ou serão anêmicos, simples assim.


Aqueles que compreendem bem as questões nutricionais, porém, terão argumentos mais convincentes. Dirão que a qualidade da proteína existente nas carnes e derivados de animais é superior e que, além disso, em termos de energia liberada, a proteína da soja não se compara à proteína animal.
Na verdade, todas as proteínas, sejam elas de origem vegetal ou animal, possuem a mesma composição: os aminoácidos. A cada cadeia com 100 ou mais aminoácidos dá-se o nome proteína.


Como nosso sistema digestório não consegue absorver moléculas grandes como as de proteína, elas são “quebradas” no organismo, isso é a digestão. No caso das proteínas, portanto, a quebra é feita em aminoácidos, geralmente em cadeias menores.


A alegação dos que são contra o vegetarianismo é que o aproveitamento de proteínas vegetais é inferior à de proteínas animais. Na verdade, isso não tem o menor sentido, porque, se todas as proteínas são formadas de aminoácidos e os aminoácidos que não são produzidos pelo organismo humano devem ser ingeridos, pouco importa a sua fonte.
Sendo assim, uma pessoa que possui uma dieta equilibrada terá todos os aminoácidos de que necessita.


A deficiência proteica poderá ocorrer se houver predisposição a isso, ou se a dieta for deficiente em nutrientes e rica em açúcar, por exemplo. A dieta vegana, portanto, não é causa de qualquer problema de saúde.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Ministério Público quer tirar "No Limite" do ar

Mais uma vez o “No Limite” está sendo acusado de maus tratos aos animais. Desta vez, a acusação foi feita pelo Ministério Público (MP) do Ceará, estado em que o programa está sendo gravado.

O MP entrou com uma ação civil pública contra a emissora carioca e solicitou liminarmente, através da promotoria, que a atração seja retirada do ar. Há três semanas o órgão público tenta fazer com que a Globo assinasse um termo de ajustamento de conduta (TAC), no qual se comprometia a não praticar atos nocivos aos animais no programa. Como a Rede Globo não enviou representantes à última reunião com o MP, o órgão solicitou a retirada do programa do ar.

No entanto, as chances da proibição vingar são pequenas, já que a atração está próxima de seu final, previsto para o dia 27. No mês de agosto, o “No limite” foi alvo de manifestações por parte de um grupo de defesa dos animais. Um dos protestos foi realizado em frente à sede da TV Globo em São Paulo.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Especismo

O especismo, termo comum entre os vegetarianos atualmente, é uma forma de discriminação, mas, ao contrário do racismo, que é a discriminação de uma raça considerada inferior, o especismo é a discriminação em razão da espécie, o que não muda muito, pois é baseado, também, na prerrogativa de que uma espécie é superior à outra.

Os brancos já consideraram os negros “seres inferiores não dotados de alma”, ou seja, os negros foram escrevizados por serem considerados como animais e inferiores. Hoje, a humanidade chora por tantos crimes cometidos e por anos de escravidão.
Um outro exemplo clássico são os nazistas, que se consideravam a “raça pura” e, sob esse pretexto, exterminaram milhares de judeus de maneira cruel e desumana.

Hoje sabemos que, nem negros, nem judeus, nem amarelos, nenhum ser humano é diferente do outro, exceto por características físicas e culturais, o que não os diferencia em sua inteligência, psicológico e capacidade. Somo, portanto, todos humanos e todos iguais.
Mas, apesar de tanta dor e crueldade, existe uma chacina acontecendo todos os dias, uma matança legalizada e aceita por todos e que tem por base uma teoria não menos preconceituosa do que as duas acima: o especismo.

O especismo é a discriminação baseada na espécie, ou seja, uma espécie que se considera superior subjuga uma outra. Isso também é um erro.
O ser humano, por “dominar” a Terra através de sua inteligência, considera-se superior e, portanto, acredita ter o direito de usar seres de outras espécies como objetos. Porém, essa é a maneira errada de analisar a situação. Os animais não possuem a inteligência da maneira que a entendemos, o raciocínio, mas possuem outra forma de inligência e sentidos desconhecidos para nós. É comum que, em desastres naturais, poucos animais se firam porque conseguem “sentir” o perigo através de seus instindos, o que para nós é um mistério.

Os animais possuem uma vida à parte, são um outro mundo, um mundo que não compreendemos e não temos o direito de julgar. Não são inferiores, são apenas diferentes e, sendo assim, estamos cometendo o mesmo erro do passado, explorando populações de animais apenas por luxo (já foi provado que o homem não precisa de alimentos de origem animal para viver, aliás, é possível uma vida mais saudável e natural com uma dieta vegana), acreditando erroneamente que somos superiores.
O erro e o crime, portanto, permanecem ao longo dos séculos, com uma diferença: negros e judeus já são considerados iguais a todos os seres humanos, mas a crueldade com os animais, seu extermínio inconsciente, está longe de acabar. A questão de tornar-se vegetariano não é nutricional, é ética. Deve haver uma consciência de que nós simplesmente não temos o direito de matar para nos alimentarmos.
Se um ser sente dor, não há justificativa para que sejamos nós os verdugos a impormos essa dor, com a desculpa de que precisamos comer.
Nós não somos superiores, se o fôssemos, jamais mataríamos, subsugaríamos, feriríamos e aceitaríamos essas práticas como "comuns".
Todos temos o direito de escolha. Eu escolho não matar seres inocentes que são meus companheiros na Terra.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Crueldade ao extremo

Não basta vivermos num mundo violento, em que o dinheiro manda e quase todos que se encontram no poder são corruptíveis.
Não bastam as mortes, as guerras, a fome, o genocídio - muitas vezes silencioso - das populações sem recursos.
Como se não bastasse o assassinato de milhares de animais inocentes, todos os dias, para satisfazer a futilidade, a gula e o egoísmo do ser humano, a emissora brasileira que mais influencia pessoas levou ao ar mais um capítulo de um reality show sem graça, mas com muita crueldade.
O programa "No Limite" exibido pela Rede Globo, tem a pretensão de testar os participantes através de desafios de sobrevivência, força, destreza, desenvolvidos num local isolado e com condições precárias.
Desta vez, porém, o programa realmente exagerou, colocando como um dos desafios para seus participantes a ingestão obrigatória de olhos de cabra e fetos de pintinhos e peixes, que deveriam ser comidos vivos. E o mais interessante é que a maioria dos participantes conseguiu passar pela maioria das etapas, o que mostra que nem só os políticos de que tanto reclamamos são corruptíveis. O que me choca é o descado com que os animais são tratados, uma vez que a maioria das pessoas diz ter "nojo" de comer um peixe ou um pintinho vivo, mas não pensa no sofrimento que está causando àquele animal.
O sofrimento animal ainda faz parte do dia-a-dia da maioria das pessoas e o que é mais triste, naturalmente, como se a regra fosse matar, machucar, subjugar.
Esse tipo de programa, No Limite, e as atitudes de seus participantes só mostram que o dinheiro ainda está acima da compaixão.

domingo, 5 de julho de 2009

Vivissecção










Vivissecção é a dissecação de animais vivos para pesquisa de indústrias farmacêutica, cosmética, alimentícia, etc.



É considerada um prática “comum e necessária” por muitos, o que – para quem é vegetariano – não é novidade, uma vez que a crueldade é aceita de uma forma ou de outra em nossa sociedade, por trás do véu da hipocrisia.



Embora muitos cientistas considerem a prática fundamental alegando que não haveria outro modo de testar produtos e componentes químicos em qualquer outro organismo que não o animal (não é considerado, nesse caso, o organismo humano), muitos outros cientistas discutem a real necessidade de tais práticas.


Testes como introdução de substâncias nos olhos (usado para cosméticos), colisão de animais contra superfícies (paredes), testes de irritação da pele, testes com impacto neurológico e psicológico, são usados indiscriminadamente, uma vez a legislação os permite (recentemente, a prática da vivissecção foi proibida no Rio de Janeiro).

Apesar de impor produtos manchados de sangue e dor, as indústrias não garantem aos sues consumidores total segurança, pois esses testes são falhos.
Como podemos lutar contra a vivissecção:


1º passo – informação: o que eu descrevi aqui é um pequeno resumo do que realmente ocorre em muitos laboratórios. Para maiores informações, consulte a Frente Brasileira para Abolição da vivissecção



2º passo – escolha produtos não testados em animais, aqui no blog há uma lista de empresas que não testam em animais


3º passo – assine o abaixo-assinado contra a vivissecção


4º passo – conscientize: passe essas informações adiante, vamos fazer uma corrente contra a exploração dencessária dos animais!

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Consequências ambientais do consumo de carne

Muitos não entendem por que tanta preocupação com o sofrimento dos animais que servem de comida, acreditando que a função deles é nos servir, acima de qualquer outra, mas será que deve ser assim? Pensando sobre o abate dos animais de uma maneira geral, imaginamos que não faz muita diferença que uma pessoa pare de comer carne, uma vez que esse hábito existen desde a antiguidade e não desaparecerá do dia para a noite. É verdade! Assim, como fará pouca diferença se apenas uma pessoa deixar de usar seu carro por um dia para poluir menos. Mas se todos pensarmos assim, como fica a conservação do planeta? Aonde vai parar a destruição dos nossos recursos naturais?

Poucos sabem que a pecuária é responsável pelo desmatamento de grandes áreas dos nossos principais ecossistemas, isto é, a mata atlântica, a Amazônia, e o cerrado. Muitos criadores de gado desmatam grandes áreas de floresta para servir de pasto. Com o tempo, as queimadas e o pisoteio do próprio gado dão origem a processos erosivos e, mais tarde, à degradação total do solo. A área atualmente utilizada para pasto seria muito mais útil se utilizada para plantio e essa área é tão extensa, que se fosse usada para o plantio de vegetais e grãos, não haveria fome no mundo. Além disso, só a quantidade de grãos usados para alimentar o gado, já seria suficiente para que muitos não passassem fome. Como se isso não fosse suficiente para pensarmos a respeito, a quantidade de água usada para a criação de gado é milhares de vezes maior à usada para a mesma quantidade de vegetais. Todos sabemos que a água já é um problema para muitos países, o Brasil, por enquanto, pode se considerar um privilegiado, mas isso não significa que possamos desperdiçar um recurso tão importante que, num futuro próximo, pode nos fazer falta.Muitos países ricos não têm produção de gado ou suínos por não terem água suficiente para a criação, e importam por preços baixos esses “produtos” de nós, país dos terceiro mundo, que estamos gastando a nossa água para “sustentá-los”.

Desmatamento de área verde para pasto com consequência de processo erosivo
Além do impacto ambiental, há ainda outro ponto a se considerar: o sofrimento animal. Não, não é demagogia, isso realmente acontece. Eles não apenas morrem para nos alimentar, mas eles morrem sozinhos e aterrorizados. Os ambientes em que são criados normalmente são sujos, pequenos e propícios à dispersão de doenças. Por isso, muitos tomam remédios em quantidade, remédios estes que permanecem na carne ingerida. Alguns criadores usam até mesmo agrotóxicos no pêlo do gado, para eliminação dos carrapatos.

Os bovinos, pouco antes de morrer, entram num pequeno corredor que os levará ao abate, muitos se desesperam e tentam, em vão, escalar a parede ou fazer o caminho de volta. Enquanto caminham para a morte, suas pupilas se dilatam (o que denota seu medo) e eles ouvem os mugidos sofridos de seus companheiros, seu desespero faz com que liberem toxinas em seu próprio organismo, que serão ingeridas com a carne. Alguns permanecem vivos até o último momento, quando seus corpos são cortados em pedaços. As vacas leiteiras são constantemente “engravidadas” para produzirem o leite. Os seus bezerrinhos são separados da mãe assim que nascem para que não consumam esse leite. Muitos crescem subnutridos e tristes e, devido a essas condições, são sacrificados, pois não “servem para nada”.
Algumas pessoas deixam de comer carne vermelha e comem apenas a carne “branca” acreditando que as aves e os peixes não sofrem tanto. Estão enganados. Os pintinhos são produzidos aos milhares em estufas, sem sequer conhecerem o aconchego de uma mãe. Quando nascem, são “selecionados”: aqueles que servem, são criados, e aqueles que não servem são jogados num balaio com restos de cascas de ovos, e são triturados vivos e transformados em ração, embora tivessem condições de sobreviverem, eles são cruelmente maltratados e assassinados, pois não são comercialmente “viáveis”. Eu fico me perguntando: que sentido tem uma vida dessas? Nascer sozinho com milhares de outros iguais a você, sem saber o que é o carinho materno, e morrer cruelmente, sem piedade, para servir de comida para outros animais!
Os suínos também sofrem muito. São criados em espaços pequenos, em que quase não conseguem se mexer e apanham constantemente. Na hora do abate, muitos são jogados em água fervente ou têm suas vísceras retiradas, ainda vivos. Eles não têm direito sequer a uma morte sem dor. E, por fim, os peixes, crustáceos e animais marinhos e lacustres em geral, que não gritam de dor, mas certamente a sentem tanto quanto os outros animais, tanto quanto eu e você. A maioria das pessoas sequer se dá conta de que eles morrem asfixiados. Pense só por um segundo na sensação da asfixia e responda: o que você acha?

Além disso, tem a questão da saúde. Ao contrário dos que muitos pensam, deixar de comer carne não vai te deixar anêmico, (a não ser que você já tenha anemia). Também não te faltarão proteínas, na verdade, o grande problema da nossa sociedade atual é o excesso de proteínas e não a falta. A carne ingerida por milhões de pessoas todos os dias pode ter pertencido a animais doentes ou anêmicos, e isso acontece constantemente. Pense num hambúrguer, que é um amontoado de carne moída, você acha realmente que ali no meio só tem carne, e carne “de primeira”? Você não acredita que a indústria se beneficie do fato de que ninguém vai saber o que exatamente tem ali? Eu acredito, e já fiz a minha escolha. Não estou pedindo para que você se torne vegetariano, essa é uma escolha sua, mas peço que você se informe e faça essa escolha conscientemente.
Reportagens relacionadas:
Por que criminalizar a pecuária na Amazônia?

Guarda-roupas sem crueldade

É bem provável que todo vegetariano concorde que a decisão de cortar carne e ingredientes animais da dieta alimentar é apenas o ponto de partida de um estilo de vida diferenciado. Quando nos tornamos herbívoros queremos que a ideologia perpasse todo o nosso cotidiano. Inclusive o das roupas que vestimos. Couro, pele, lã, seda, penas e outros materiais que impõem sofrimento a animais para serem obtidos saem definitivamente de moda. Entram em cena materiais sintéticos e derivados de fibras naturais num estilo que é chamado veg fashion, ou moda sem crueldade, um novo olhar sobre o que realmente é ser chic.Como o próprio nome deixa bem claro, veg fashion é um conceito baseado nos preceitos de não exploração dos animais por capricho e acomodação do bicho-homem.
Não restam dúvidas de que não precisamos de peles de animais como roupas, visto o grande número de recursos sintéticos e naturais, como algodão, bambu e cânhamo, só para citar alguns exemplos, já encontrados no mercado. No entanto, vestir roupas ou usar acessórios feitos de peles genuínas e outras matérias-primas animais ainda é categorizado como luxuoso, ou “glamouroso”, na linguagem da moda.O resultado de tamanha futilidade (com perdão da palavra) é o sofrimento e morte de milhares de animais todos os dias. Segundo estimativas da Fur-Free Alliance, uma coalização internacional formada por cerca de 30 organizações de proteção animal, a indústria da pele mata por ano cerca de 50 milhões de animais para o mercado da moda, de lobos a esquilos (e o levantamento nem inclui coelhos, por falta de números oficiais). E para piorar a situação, uma investigação da ONG Humane Society, dos Estados Unidos, no final da década de 90 divulgou a matança indiscriminada de gatos e cachorros na China e outros países asiáticos.
Os animais, alguns de raça e outros de rua, são abatidos covardemente depois de semanas de confinamento e sua pele abastece a indústria de roupas, acessórios, e bugigangas em geral que são exportadas para todo o mundo.“Minha maior crítica é que milhares de animais são criados em cativeiro somente para este fim, muitas vezes de forma clandestina. Sem contar os problemas do mercado ilegal com a caça, armadilhas e o tráfico. E mesmo assim ainda existe um glamour que sustenta esta crueldade. Grifes internacionais como Prada, Yves Saint-Laurent e Vogue América, por exemplo, ainda valorizam peças de pele real, propagando a idéia de que usá-las é elegante. O maior desafio é mudar a mente das pessoas em relação a este conceito”, diz Danielle Ferraz, jornalista de moda e vegetariana, autora de artigos sobre crueldade com animais na moda e diretora das duas edições do desfile “Veg Fashion”, ocorridos em 2004 e 2006 nas cidades de Florianópolis e São Paulo durante congressos vegetarianos.Novas tendênciasMas apesar dos absurdos de exploração de animais cometidos em nome da moda, o cenário aponta algumas boas notícias em prol da veg fashion. A estilista inglesa e vegetariana Stella MacCartney lidera campanhas internacionais anti-pele e apresenta para o mundo todos os anos coleções de roupas livres de crueldade admiradas pelos maiores especialistas do mundo fashion.
Acompanhando a tendência, nos últimos dois anos estilistas renomados como Ralph Lauren, Calvin Klein, Kenneth Cole e Tommy Hilfiger declararam publicamente a resolução de não usar mais peles e materiais de origem animal em suas criações. E o melhor: puramente pela questão ética.Enquanto isso a organização PETA (People for the Ethical Treatment of Animals) continua a todo vapor com seus protestos em parceria com celebridades usando o slogan “prefiro ficar nu a usar peles”. Com destaque para a campanha “Voguesucks.com”, que critica explicitamente Anna Wintour, editora da revista Vogue norte-americana, pela promoção e uso de casacos, vestidos e outras peças de peles genuínas e conscientização zero em torno do sofrimento e morte dos animais. “Nós sempre estamos procurando por novos jeitos de conscientização sobre o sofrimento extremo pelo qual os animais passam nas fazendas onde se tiram suas peles e nas armadilhas cruéis que o homem espalha na natureza”, declarou Ingrid Newkirk, presidente da PETA em julho do ano passado na ocasião de uma campanha em conjunto com Stela MacCartney na comunidade virtual Second Life.No Brasil, os desfiles “Veg Fashion”, idealizados pela Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), foram precursores no objetivo de mostrar os bastidores da moda que não se preocupa com os materiais que utiliza e valorizar as novas grifes conscientes que oferecem peças livres de crueldade.
A presidente da SVB, Marly Winckler, que criou o conceito do desfile, acredita que cada vez mais se alastra essa consciência sobre as atrocidades cometidas contra os animais, seres indefesos e sensíveis, para se obter materiais utilizados nas roupas. “Neste último Carnaval a SVB participou de um desfile da escola de samba Imperador do Ipiranga, de São Paulo, cujo tema foi “a salvação do planeta é o bicho”. Abordamos a questão e não permitimos o uso de nenhum material de origem animal nas fantasias”, conta Marly.Ético e mais baratoModa sem crueldade é um conceito amplo que alia questões éticas, sociais e ambientais. Não se pode (nem se deve) pensar em acabar com a exploração de animais sem considerar o contexto mais holístico de destruição de ambientes naturais e hábitos insustentáveis praticados pelo homem nos dias atuais. “A questão básica é o consumo ético e consciente, respeitando os animais e o meio ambiente. Não faz o menor sentido a utilização de peles e couros em roupas. Tanto pelo sofrimento dos animais como pelos graves impactos ambientais associados à criação intensiva ou captura ilegal dos animais para este fim”, afirma a presidente da SVB.
Quando se fala do contexto que alia conservação ambiental e respeito aos animais, há até pessoas que argumentam que materiais de origem animal seriam mais naturais e ambientalmente mais corretos do que os sintéticos. No entanto, pode ser demonstrado que é justamente o contrário. “O couro, como a pele de qualquer ser vivo, irá se deteriorar e se decompor caso não seja curtido. E o processo de curtume é um dos mais impactantes existentes, pois envolve muitas substâncias químicas pesadas que são extremamente prejudiciais ao meio ambiente e para as pessoas que as estão manuseando”, explica Josh Hooten, fundador da Herbivore Clothing Company, loja virtual de roupas e acessórios criada em 2002 na cidade de Portland, nos Estados Unidos.O conceito da Herbivore Clothing Company nasceu da necessidade de seus donos, o casal Josh e Michelle Schwegmann, usarem roupas pelas quais pudessem expressar com estilo suas idéias sobre veganismo e direitos animais. Há cinco anos eles não achavam opções no mercado e começaram a produzir e desenvolver as idéias por conta própria. Hoje os estilistas e empresários têm em mente que o foco de sua marca é direitos animais, mas sabem que este conceito leva à discussão e análise de outras questões extremamente relevantes, como impactos ambientais, não respeito a direitos humanos e danos à saúde.“Não fazemos as estampas de nossas camisetas em lojas que exploram seus empregados e já usamos em algumas peças malha de algodão orgânico, o que pretendemos expandir para toda a coleção no futuro.
Tudo isso faz parte da mensagem passada pela roupa. E há muitas opções de materiais para isso. Eu mesmo não uso couro, lã, seda e outros materiais do tipo por quase uma década e nunca senti falta ou deixei de achar uma opção que não tivesse origem animal”, ressalta Josh.Reforçando a opinião do norte-americano, a jornalista Danielle Ferraz explica que a indústria têxtil se desenvolveu o suficiente para oferecer opções sintéticas alternativas (e ambientalmente mais equilibradas) que substituem praticamente todos os materiais de origem animal. E isso tudo com uma grande vantagem: o custo de produção do material sintético é mais barato que o de produção de material de origem animal. “Os sintéticos e os materiais naturais geralmente saem mais em conta para o consumidor. E poderiam ser ainda mais baratos se a procura por estas opções fosse maior”, explica Danielle.Como em qualquer atividade econômica, na veg fashion também vale a lei da oferta e procura. Quanto maior a demanda, as opções de oferta crescem, refletindo num preço final mais competitivo e menor. Portanto, para a moda sem crueldade não sair de moda, basta uma procura maior por parte dos consumidores em geral.“O papel do consumidor é parar e pensar de onde estão vindo suas roupas.
Todo mundo concorda que é errado abusar e torturar animais e não deseja sustentar um processo desses, ainda mais com várias alternativas mais conscientes que podem ser usadas”, diz Josh. “O consumidor ético se informa e se preocupa com a procedência do que consome, vendo todos os ângulos da questão. Hoje começa a haver reação às barbaridades cometidas no campo do consumo e campanhas e organizações estão chamando a atenção para o comércio justo. Esse é o caminho”, opina Marly.Marcas no mesmo estilo da Herbivore são mais comuns nos Estados Unidos e Europa (veja box com dicas e opções de compras de roupas cruelty-free / livres de crueldade). No Brasil o conceito é mais novo, porém a consciência é crescente e as opções de veg fashion vão surgindo e se estabelecendo. A questão é que algumas grifes brasileiras estão bem avançadas no campo ambiental, usando materiais orgânicos e/ou reciclados, mas nem sempre são tão criteriosas com o não uso de materiais de origem animal. A última Fashion Week de São Paulo, por exemplo, incorporou o conceito de meio ambiente a partir dos materiais utilizados, o que já pode ser considerado um grande avanço. A expectativa agora é que esta tendência avance e se aprofunde, eliminando também os materiais provenientes de peles, couros e outros derivados de animais.O mais importante é saber que uma moda livre de crueldade é possível e é feita com informação. Se você já conhece a realidade por trás da exploração animal para roupas, sapatos e acessórios, procure usar o conhecimento que têm para incorporar novos hábitos.
Questione a origem do material de suas roupas e seja mais criterioso nas compras. Se já sabe como se vestir com estilo sem a carga da crueldade, passe a idéia para seus amigos e familiares mostrando-lhes opções práticas de compras mais conscientes. Afinal de contas, como bem resume o slogan do desfile “Veg Fashion”, chic é ser consciente. E ninguém em sã consciência quer ser cúmplice de exploração, covardia e maus-tratos a qualquer ser vivo.
Saiba mais: Fur Free Alliance - http://infurmation.com/
A crueldade no guarda-roupa
Couro: Milhares de vacas, porcos, ovelhas, cabras, entre outros animais, são abatidos todos os anos para utilização de sua carne e também de sua pele, que se torna couro, camurça, nobuk etc. Alguns outros animais, como raposas, esquilos e até lobos, são criados em cativeiro e fazendas especificamente para este fim, tendo às vezes a pele retirada quando ainda estão vivos. Mais recentemente se descobriu que até gatos e cachorros são vítimas da indústria da pele.Para a pele do animal se tornar couro ela precisa passar pelo processo de curtume, no qual são usadas várias substâncias químicas perigosas, tanto para o meio ambiente como para o homem. Levantamentos oficiais comprovam que pessoas que trabalharam ou que moraram próximas a plantas de curtume são comumente vítimas de câncer, devido à exposição às toxinas.

Lã: A tosa de carneiros e ovelhas para retirada da lã não é um processo natural e compromete o bem-estar dos animais, que precisam de sua pelagem para se proteger do frio. Além disso, como o material é pago por volume, a tosa é feita sem cuidado e de forma exagerada, machucando os animais. A indústria da lã, através da criação intensiva dos animais, também é responsável por impactos no meio ambiente através da poluição de água e emissão de uma grande quantidade de gás metano na atmosfera.Seda: A seda é um material resultante dos fios produzidos pelo bicho-da-seda para tecer o seu casulo, onde de lagarta o inseto se transforma em mariposa, atingindo sua idade adulta para reprodução. Para obtenção da seda os insetos foram domesticados pelo homem em ambientais artificiais e são mortos dentro do casulo, do qual são retirados os fios.Algumas dicas na hora das comprasA primeira dica é sempre olhar etiquetas para saber o material utilizado nas roupas que pretende comprar. Você vai se surpreender que é muito mais fácil achar opções de sintéticos e fibras naturais do que podia imaginar. Para artigos de couro, como sapatos, cintos e jaquetas, procure sempre o que diz na etiqueta. Se a informação não for clara em relação a ser sintético, pergunte ao vendedor. E uma boa dica para evitar couro é observar e comparar os preços. Geralmente o sintético é pelo menos metade do preço mais barato que o couro de animal. No caso de lãs, fique atento, pois nem sempre elas estão muito aparentes nas peças. Algumas calças e casacos, por exemplo, podem ser feitos de lãs em combinação com outros materiais, o que também sempre poderá ser descoberto pela etiqueta. Substitua pashminas e cashmeres por lãs de polyester ou algodão ou tecidos térmicos sintéticos, desenvolvidos a partir de materiais alternativos e mais resistentes a frio e vento do que a lã. A seda por ser substituída por tecidos alternativos como nylon, polyester e o rayon, uma espécie de seda artificial. E até para quem gosta de roupas e acessórios “de pele”, o mercado já oferece variadas opções de peças de pele falsa confeccionadas a partir de materiais sintéticos. Uma boa forma de verificar se uma peça é de pele verdadeira ou falsa é fazer um teste simples e rápido. Esfregue um pouco de pêlo entre o polegar e o dedo indicador. Se você sentir o pêlo macio e fácil de manusear entre os dedos, provavelmente é pele genuína. Caso sinta o contrário, o pêlo mais áspero, a pele é sintética.
Onde comprar roupas livres de crueldade:
Brasil:
Vegan Pride (Acessórios, camisetas e produtos livres de crueldade) Av. São João, 439, loja 424 Centro, São Paulo – SP Tel.: (11) 3362 0897 Vendas pela Internet e entregas em todo o país http://http://www.veganpride.com/·
King 55 (Camisetas e jeans. Sustentabilidade e luta contra a exploração animal) Rua Harmonia, 452 Vila Madalena São Paulo – SP Tel.: (11) 3032 1838http://www.king55.com.br/·
XBloodlineX Clothing (produtos livres de crueldade animal)Vendas pela Internet e entregas em todo o país - http://www.xbloodlinex.com.br/inicio.html·
Maria Simone (Bordado manual e customização. Parceria com ONGs Adote um Gatinho, Arca Brasil e Bicho no Parque) Rua Wisard, 287 Vila Madalena, São Paulo – SP Tel.: (11) 3815 5392/ 3811 9335 - http://http://www.mariasimone.net/·
Vista-se (Camisetas vegetarianas)http://www.vista-se.com.br/·
Tree Tap (Couro vegetal da Amazônia)http://www.treetap.com.br/
Exterior (compras pela Internet):
Herbivore Clothing Companyhttp://herbivoreclothing.com/·

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Petições online: assine pela vida!

Porque você deve assinar a petição?
Você pode nos ajudar a obter o reconhecimento e a proteção dos animais em todo o mundo, unindo a sua voz à de 10 milhões de pessoas, para apoiar a nossa campanha "Para Mim Os Animais Importam!".
Os animais e o tratamento que lhes damos são muito importantes! Faça com que os animais sejam importantes também para o Governo. Faça saber ao nosso Governo que os animais são importantes para você e para o nosso país.
Chumbinho Não!
CHUMBINHO NÃO! VAMOS ACABAR COM A MATANÇA! Petição pela aprovação do Projeto de Lei N° 7586/06, que tramita na Câmara Federal e veta o registro de produtos que contenham o aldicarbe, principal e mais letal ingrediente do nefasto chumbinho. O aldicarbe é responsável por milhares de envenenamentos e mortes de pessoas (especialmente crianças) e de animais domésticos e silvestres, além da contaminação do solo, de alimentos, rios e lençóis freáticos. O aldicarbe já é proibido em diversos países, como Alemanha e Suécia desde 1990. Um único grama do veneno pode matar uma pessoa de até 60 quilos. Se inalado, o produto percorre a corrente sangüínea e também pode levar rapidamente à morte. Toxicologistas dizem que o veneno não tem cheiro nem gosto, mas lesa o sistema nervoso central, causando transtorno neurológico, parada cardíaca e paralisia dos pulmões. Quem o ingere fica inerte, baba, tem convulsões e pode morrer por asfixia. Nos animais o efeito é bem semelhante, atingindo principalmente pulmões, fígado e rins. O sofrimento das vítimas é muito grande. Apesar de teoricamente controlado, o aldicarbe, na forma de "chumbinho", é vendido livremente por todo o país, em lojas agropecuárias não autorizadas e até mesmo em feiras livres e por camelôs. Una-se à campanha pela proibição do aldicarbe!
Abaixo assinado contra o uso de animais em Rodeios em PIRACICABA. "Lembre que o oceano é formado por muitas gotas." Nós aqui abaixo assinados; estamos por meio deste, pedindo que na cidade de Piracicaba o uso de animais em rodeios seja proibido. Entre os algozes dos animais, encontram-se alguns eventos da indústria da diversão. Um deles, que infelizmente está se alastrando pelo país, é o rodeio, que comprovadamente atinge os animais com maus tratos e atos cruéis. Além da tortura prévia - choques e espancamentos - animais mansos são levados a saltar e corcovear em desespero numa arena, devido ao uso de artifícios que os induzem a um comportamento anormal. Esporas – acessórios pontiagudos e cortantes usados nas botas do peão para golpear o animal no baixo-ventre e pescoço que produzem lesões no couro e até nos olhos. Quanto mais alto o peão esporear no pescoço do animal, mais pontos ganha. Sedém – tira de couro ou crina usada para comprimir a virilha e os genitais do animal. Peiteira – tira de couro amarrada ao redor do tórax dos cavalos, provocando dor e sensação de asfixia. Nos touros, a Corda Americana é usada para o mesmo fim. Sinos – pendurados na peiteira, os sinos produzem sons causando pânico. Laço ou corda – usado para laçar e imobilizar o animal em movimento; causa quedas violentas, luxações, fraturas e até morte. E esse sofrimento não fica limitado ao período do espetáculo, existem os treinos... “Na lida do gado em fazendas, as derrubadas já são consideradas ultrapassadas pelas atuais técnicas de produção pecuária, justamente por elevarem o risco de morte e lesões, indesejáveis economicamente. O argumento de que as modalidades exibidas em rodeios reproduzem as práticas executadas nas fazendas é, portanto, falso”. Rodeio é uma “forma de cultura” onde a Agropecuária se firmou como economia predominante daquele determinado local. PIRACICABA vai contra este tipo de cultura, pois a AGRICULTURA sempre foi o principal fator do desenvolvimento do povoado e nela se destacavam a cultura e os engenhos de processamento de cana de açúcar. No início do século XX, como base de economia do município, se destacavam o café e a cana de açúcar. Surgiram também, implantadas pelo grupo empresarial Dedini, fábricas de acessórios para usinas. Nos anos 50, Piracicaba chegava com um complexo AGROINDUSTRIAL desenvolvido, quando passou a ser conhecida como A CAPITAL DO AÇUCAR. Por mais de 200 anos, a história de Piracicaba, esteve ligada à cultura da cana de açúcar, o que fez com que o município tivesse tido sempre um perfil muito próprio. Contanto, apoiamos a festa, com seus trajes e comidas típicos, shows de música e sugerimos o touro mecânico para os peões demonstrarem suas habilidades. O que não aprovamos é que se inclua ato de crueldade contra os animais, que além de moralmente injusto, é ilegal e inconstitucional em nosso país. Por toda a dor e sofrimento que causam aos animais, além de fazermos nossa parte: - pedimos a fiscalização para o cumprimento da Lei dos Crimes Ambientais 9605/98 art. 32.
Contra os casacos de pele: Vamos acabar com essa cruel futilidade!
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Revista Época: “Os bois comerão a Amazônia em 20 anos”

Para economista Guilherme Dias, o modelo de produção agropecuária atual e a aprovação da medida provisória que regulariza terras griladas poderão devastar a Amazônia brasileira.
A abertura de pastagens na Amazônia é responsável por 78% do desmatamento na região. Parte desses pastos depois, se torna lavouras de soja, algodão ou outros grãos. Assim, a fronteira agropecuária do Brasil avança em direção à floresta amazônica. Segundo o economista e especialista em produção agropecuária Guilherme Leite da Silva Dias, se não barrarmos essa expansão e mudarmos o modelo de pecuária extensiva para a intensiva, em 20 anos, as florestas terão sido devastadas pelos bois. “Se deixar do jeito que está, os bois comerão a Amazônia em 20 anos e não há restrição de clima ou solo para isso”, diz.
Para Dias, se a medida provisória 458/09 for aprovada, ficará ainda mais difícil frear o desmatamento. A MP permite que a propriedade de terrenos de até 1500 hectares (15 km²) ocupados na Amazônia Legal seja transferida pela União sem licitação a quem os ocupou até 1º de dezembro de 2004. Dias considera essa medida uma nova “Lei de Terras”, como a que o Brasil teve em 1850 e legitimava o usucapião, ou a “posse pelo uso”, que daria legitimidade à grilagem. A MP foi aprovada pela Câmara na metade do mês de maio e espera agora aprovação do Senado.
O avanço da fronteira agrícola na Amazônia é motivada, principalmente, por dois fatores: a crescente demanda dos consumidores pelos produtos e o baixo preço das terras ilegais da floresta. Estima-se que, a cada dez anos, o consumo de carne bovina estimule um crescimento de 35% no setor pecuário.
Modelos de produção sustentável e intensiva ajudariam a diminuir a invasão das florestas nativas mas a sua adoção pelos produtores ainda é pequena. Dias afirma que a produção intensiva não é bem aceita por quem depende financeiramente do setor. Como concentra a produção e os serviços num espaço menor, ela exige uma cadeia menor entre produção e comércio e, por isso, gera menos renda e precisa de menos trabalhadores.
Apenas 10% das fazendas adotam a produção intensiva, mas essa minoria prova que ela é possível. A ONG Aliança da Terra, por exemplo, agrega mais de 60 produtores rurais que adotaram um modelo produtivo que respeita os recursos naturais ao mesmo tempo em que é economicamente viável.
Os fazendeiros da Aliança da Terra estão concentrados principalmente na região amazônica, na bacia do Rio Xingu e no noroeste de Mato Grosso. Eles adotaram o chamado “sistema de integração lavoura-pecuária”, que permite a alternância de produção de soja e pastagem de boi num mesmo ano. De novembro a fevereiro, a soja é plantada e colhida. Depois da colheita, durante a época de chuvas, sementes como as de agrião são plantadas para fornecer capim ao gado que se alimentará no local a partir de junho.
Segundo Marcos Reis, diretor da Aliança da Terra, esse sistema demanda uma manutenção do solo que não é complexo nem caro. É possível ter pastagens de gado com uma média de seis a oito bois por hectare, enquanto a média na Amazônia é entre 0,4 e 0,6 bois por hectare.
Reis é de uma família de ruralistas e acredita que hoje há uma nova geração de produtores que se preocupa com a terra e a região onde está e pensa no futuro dos recursos naturais. Por isso, para ele, o sistema intensivo tem muito potencial de expansão. “Não precisamos derrubar mais nenhuma árvore na Amazônia”, diz. Para que os bois não “comam” toda a floresta, como Guilherme Dias teme, é preciso que que os sistemas mais sustentáveis, como os que Aliança da Terra promove, ganhem espaço no setor agropecuário brasileiro.

Empresas que não testam em animais: escolha consciente!

Mais um tipo de crueldade com os animais, são os testes feitos por fabricantes de todo tipo de produto que consumimos. Isso nunca é divulgado pela mídia, e são poucos os que lutam contra esse tipo de injustiça. Esses maus tratos são acobertados pelas grandes empresas, ocultados em nome dos interesses econômicos, enfim, se escondem atrás de grandes faxadas de marcas conhecidas e respeitadas. Segue abaixo, uma lista de empresas que não testam mais seus produtos em animais!
Empresas que NÃO Testam em Animais - Atualizado em 18/04/09


Todas empresas Nacionais, que estão nesta lista, informaram-nos, via e-mail, que não realizam testes com animais. As empresas Internacionais, que constam nesta lista, foram investigadas pela Peta.

NACIONAIS

Abelha Rainha (cosméticos)
Marcas: Abelha Rainha

Adcos (cosméticos)
Marcas: Adcos

Afro Nature (cosméticos e tintura)
Marcas: Afro Nature, Keraseal, Nature Color, PHC, Semi di Lino, Top Fruit

Ag Fragrâncias (cosméticos)
Marcas: Ag

Água de Cheiro (cosméticos)
Marcas: Água de Cheiro

Akla (cosméticos)
Marcas: Pele Macia, Sliven

Allumé/Sunshine (cosméticos)
Marcas: Sunshine

All Vida (cosméticos)
Marcas: All Vida

Amend (cosméticos)
Marcas: Amend

Anaconda (cosméticos)
Marcas: Anaconda

Anantha (cosméticos)
Marcas: Anantha

Antídoto (cosméticos)
Marcas: Antídoto

Atelier do Banho (cosméticos)
Marcas: Atelier do Banho

Atol (produtos de limpeza)
Marcas: Atol

Avora (cosméticos)
Marcas: Avora

Bio Extratus (cosméticos)
Marcas: Bio Extratus

Bionatus (medicamentos e alimentos)
Marcas: Bionatus

Búfalo (produtos de limpeza)
Marcas: Búfalo, Jet, Bull, Pinho Jet, Soft

BuonaVita (cosméticos) NEW
Marcas: Buonavita

Bonyplus (tintura)
Marcas: Beauty Color, Bio Shine, Bony Girls, Fructals, Power Colors

Cassiopéia (cosmético, produto de limpeza e suco)
Marcas: Auxi, Bio Wash e Veraloe

Class (cosméticos e tintura)
Marcas: Bigen, Care Liss, Charming, Essenza e Lightner

Clorofitum (cosméticos)
Marcas: Clorofitum

Coferly (cosméticos e tintura)
Marcas: Santantonio, Soavi Capelli

Condor (higiene oral, vassouras, rodos, esponjas)
Marcas: Condor

Contém 1g (cosméticos)
Marcas: Contém 1g

Contente (higiene oral)
Marcas: Contente

Copra (alimentícia)
Marcas: Copra

Cosmética (higiene oral, cosmético) NEW
Marcas: Cosmética

Cosinter (cosméticos)
Marcas: Red Aple, Maxi Belle, Maxi Trat

Davene (cosméticos)
Marcas: Davene, Sun Block

Driss (cosméticos)
Marcas: Driss, Empório Bothânico

Dr. Tozzi (cosméticos)
Marcas: Dr. Tozzi

Ecologie (cosméticos)
Marcas: Ecologie

Éh Cosméticos (cosméticos)
Marcas: Éh

Embelleze (cosméticos)
Marcas: Afro Hair, Amaci Hair, Fleury, Frizzy Hair, Hair Life, Hannaya, Henê, Idealist, Indian Hair, Lisa Hair, Maxton, Natucor, Novex, Selise, Sempre Bella, Stillus, Super Relax, Toin, Urban Hair, Yes Color, Young Hair

Essence de La Vie (cosméticos)
Marcas: Essence

Esthetic (cosméticos)
Marcas: Belladonna, Esthetic

Extrato da Amazônia/Natuphitus (cosméticos)
Marcas: Extrato da Amazônia

Extratophlora (cosméticos)
Marcas: Extratophlora

Farmaervas (cosméticos)
Marcas: Farmaervas, Celulan, Toltal Block, Tracta

Florestas (cosméticos)
Marcas: Florestas

Fri Dog (ração vegetariana para cães)
Marcas: Fri Dog

Gotas Verdes (cosméticos)
Marcas: Gotas Verdes

Granado (cosméticos, bebês, pets)
Marcas: Granado

Guabi (ração para cães e gatos)
Marcas: Biriba, Faro, Fiel, Herói, Natural, Sabor e Vida, Cat Meal, Top Cat, Limpi Cat

Impala (cosméticos)
Marcas: Impala

Korai (cosméticos)
Marcas: Korai

Lavalma (cosméticos)
Marcas: Lavalma

L’aqua di Fiori (cosméticos)
Marcas: L’aqua di Fiori

Leite de Rosas (cosméticos)
Marcas: Leite de Rosas

Ludovig (depilação)
Marcas: Depilsam, Évora, Depi Linea

Mahogany (cosméticos)
Marcas: Amyr Klink, Mahogany, Lyoplant, Kevin Nickols

Master Line (cosméticos e tintura)
Marcas: Skala e Bell Soft

Max Love (cosméticos)
Marcas: Max Love

Nasha (cosméticos)
Marcas: Elke, Giovanna Baby, Phytoervas

Natura (cosméticos) NEW
Marcas: Natura

Natustrato (cosméticos)
Marcas: Natustrato

Nazca (cosméticos e tintura)
Marcas: Acqua Kids, Maxi Color, Maxi Liss, Origem, Plusline, Ravor, Sphere

Niasi (cosméticos e tintura)
Marcas: Biocolor, Biorene, Risqué

O Boticário (cosméticos)
Marcas: O Boticário

OX (cosméticos)
Marcas: Ox

Prolev (suplementos, redução de peso, energizante)
Marcas: Guaraná, Levedura, New Diet, Sust´Up

Rahda (cosméticos, suplementos, higiene oral e pessoal)
Marcas: Rahda

Racco (cosméticos)
Marcas: Racco

Reserva Folio (cosméticos)
Marcas: Reserva Folio

Sabão Mauá (produtos de limpeza)
Marcas: Carícia, Fúria, Landa, Liptol, Mazal

Sensória (cosméticos)
Marcas: Sensória

Shizen (cosméticos)
Marcas: Lightner, Traty, Essenza, Charming

Surya Henna (cosméticos naturais e orgânicos)
Marcas: Surya Henna, Orgânica de Frutas, Amazônia Preciosa, Sapien

Terractiva (cosméticos)
Marcas: Terractiva

Unisoap (cosméticos)
Marcas: Francis

Valmari (cosméticos)
Marcas: Valmari

Vita-a (cosméticos e tintura)
Marcas: Fio & Ton, Guanidina, Keraflex, Nippon, Omega Plus, Texture, Vita-a

Vita Derm (cosméticos e tintura)
Marcas: Vita Derm

Yamá (cosméticos e tintura)
Marcas: Depil Mist, Fragê, Yamá, Yamafix, Yamasterol

Ypê (produtos de limpeza)
Marcas: Holos, Ypê, Tixan

Weleda do Brasil (cosméticos)
Marcas: Weleda


INTERNACIONAIS

Abercrombie & Fitch (roupas e acessórios)
Marcas: Abercrombie

Ahava (cosméticos)
Marcas: Ahava

American Safety Razor (Aparelhos de Barbear e Depilar)
Marcas: Carrefour

Amitée (cosméticos)
Marcas: Amitée, CitréShine, ClearLogix, HerbalLogix, SilverBrights, ThickerFuller Hair, ZeroFrizz

Amway (suple. vitamínicos, cosméticos, produtos de limpeza) - compra pelo site
Marcas: Anticipate, Artistray, Body Series, Defiance, Glister, Occasion, Wiser, Nutrilite

Avalon Natural Products (cosméticos)
Marcas: Alba Botânica, Alba Hawaiian, Avalon, Sanoma, Tisserand, Un-Petroleun

Avon (cosméticos)
Marcas: Avon

Beiersdorf (cosméticos)
Marcas: Atrix, Basis, Eucerin, Labello, La Prairie, Nivea, 8x4

Carlson Laboratories (vitaminas)
Marcas: Carlson

Chanel (perfumes, roupas, jóias, cosméticos)
Marcas: Chanel

Christian Dior (perfumes e cosméticos)
Marcas: Christian Dior

Clarins of Paris (cosméticos)
Marcas: Clarins of Paris
Clinique Labs (cosméticos)
Marcas: Clinique

Ecover (produtos de limpeza)
Marcas: Ecover

Estée Lauder (cosméticos)
Marcas: Clinique, Donna Karan Beaty, Estée Lauder, Jane, Origins

Herbalife (suplementos, vitaminas, controladores de peso, cosméticos)
Marcas: Herbalife

L'anza (cosméticos)
Marcas: L'anza

Lush (cosméticos)
Marcas: Lush

M.A.C (cosméticos)
Marcas: M.A.C

Norelco (barbeadores)
Marcas: Norelco

Payot (cosméticos)
Marcas: Payot

Revlon (cosméticos)
Marcas: Aquamarine, Charlie, Colorsilk, Colorstay, Eterna 27, Flex, Fire & Ice, New Complexion

St. Ives (cosméticos)
Marcas: St. Ives

The Body Shop (cosméticos)
Marcas: The Body Shop

Victoria Secrets (cosméticos)
Marcas: Victoria Secrets


Fonte: www.peta.com


Conheça os ingredientes de origem animal

Num primeiro momento, ao se tornar vegetariano, você vai se preocupar com a sua alimentação e, basicamente, com os produtos que representam as "carnes" de maneira geral, ou seja, frango e derivados, peixes e carnes vermelhas. Mas, com o tempo, e com muitas pesquisas, leitura de livros, textos especializados e - por que não? - conversas com amigos que já são vegetarianos, essa questão se torna muito mais complexa. Um dos grandes desafios que uma pessoa que se torna vegetariana encontra é deixar de consumir todo e qualquer produto que tenha componentes de origem animal e, infelizmente, isso não quer dizer apenas deixar de comer carnes. Há muitos componentes de origem animal que fazem parte da dieta normal da maioria das pessoas, que sequer sabem disso. Segue, abaixo, uma lista dessas substâncias. A única maneira de evitarmos o consumo desses componentes é ler todos os rótulos de todos os produtos que entram em nossa casa. Isso pode parecer muito trabalhoso no começo - e será - mas, com o tempo, você vai se adaptar e saber quais são as marcar de produtos mais indicadas para o consumo consciente. Mãos à obra!
Ácido Benzóico ou Benjoim: Pode ter origem animal ou vegetal. Alternativa: Fontes vegetais.
Ácido Caprílico (Caprylic Acid): Ácido líquido e gorduroso do leite de vaca ou cabra. Encontrado em perfumes e sabonetes. Possui derivados, como o Triglicerídeo Caprílico. Alternativa: Fontes vegetais, como óleo de palma e de coco.
Ácidos Graxos Naturais (Fatty Acids): Pode ser composto de sebo bovino.
Ácido Esteárico (Stearic Acid): Pode derivar de gordura de vacas, de ovelhas, de cães e de gatos sacrificados. Na maioria das vezes se refere a uma substância gordurosa tirada do estômago de porcos. Possui diversos derivados, como os estearatos. Alternativa: O ácido esteárico pode ser encontrado em várias gorduras vegetais, como coco.
Ácido Hialurônico (Hialuronic Acid): Proteína encontrada em cordões umbilicais e em fluidos das articulações. Alternativa: Ácido hialurônico sintético, óleos vegetais.
Ácido Láctico: Usados em esfoliantes e cremes anti-rugas. Alternativa: Ácido cítrico ou glicólico.
Álcool Cetílico (Cetyl Alcohol): Cera encontrada no espermacete (cetina) do esperma de baleias e golfinhos. Alternativa: Álcool cetílico vegetal , espermacete sintético.
Ácido Linoléico: Ácido graxo que pode ser origem animal ou vegetal. Alternativa: Fontes vegetais.
Ácidos Nucléicos: Encontrado nos núcleos de todas as células vivas. Alternativa: Fontes vegetais.
Alantoína (Allantoin): Ácido úrico de vacas e outros mamíferos. Pode ser encontrado também em algumas plantas (como confrei). Alternativa: Extrato de raízes de confrei ou sintéticos.
Albúmen, Albumina (Albumen, Albumin): Proveniente de ovos, leite, músculos, sangue e vários tecidos e fluídos vegetais. Em cosméticos a albumina geralmente é derivada de claras de ovos e usada como agente anti-coagulante.
Almíscar, Almiscareiro (Óleo de Civet ou Musk Oil) Secreção seca obtida dolorosamente dos órgãos genitais do cervo almiscareiro, castor, rato silvestre e outros. Gatos selvagens são capturados e mantido em gaiolas em condições horríveis e são chicoteados ao redor dos genitais para produzir o odor. Castores são pegos em armadilhas, cervos são caçados com tiros. Usado na fabricação de perfumes. Alternativa: Plantas com odor almiscarado.
Ambergris: Dos intestinos de baleias. Usado como um fixador em perfumes ou como realçador de sabor em produtos alimentícios ou bebidas. Alternativa: Fixadores sintéticos ou de origem vegetal.
Aminoácidos (Amino Acids): Blocos construtores de proteína em todos os animais e plantas. Usado em cosméticos, xampus etc.. Alternativa: Sintéticos e vegetais.
Aminoácido da Seda: Para a produção da seda o casulo é fervido com a larva dentro. O pobre animal se contorce quando é submetido a essa morte dolorosa. (Fonte: Cozinhando Sem Crueldade, pág. 215).
Beta Caroteno (Veja Carotenp): Biotina, Vitamina H, Vitamina B Pode ter origem animal ou vegetal. Alternativa: Fontes vegetais.
Carmim, Cochonilha, Ácido Carmínico (Carmine, Cochineal, Carminic Acid): Pigmento vermelho obtido através da compressão da fêmea do inseto cochonilha. De acordo com estimativas, 70.000
insetos precisam ser mortos para produzir cerca de 450 gramas deste corante vermelho. Usado em cosméticos, pós, ruges, xampus. Pode causar reação alérgica. Alternativa: Suco de beterraba
(não possui qualquer toxidade).
Caroteno, Provitamina A, Beta Caroteno Um pigmento encontrado em tecidos animais e vegetais. Alternativa: Fontes vegetais.
Caseína, Sódio Caseinado (Casein, Caseinate, Sodium Caseinate) Proteína do leite. Usado em vários cosméticos para cabelo, máscaras para pele etc.. Alternativa: Proteína de soja, leite vegetal.
Cera de Abelha, Geléia Real, Mel, Pólen, Própolis (Bee Wax, Royal Gelly, Honey, Pollen):
Ao contrário do que muitos pensam, a produção de mel também é responsável pela crueldade com animais. Muitos criadores matam as abelhas no inverno para não ter que gastar para protegê-las do frio. Além disso, para inseminar artificialmente as abelhas rainhas, é tirado esperma do zangão com o método cruel de esmagar suas cabeças. A decapitação gera um impulso elétrico tão forte que o animal ejacula. (Fonte: Cozinhando Sem Crueldade, pág. 214).
Cerdas Naturais ou Crinas (Pêlos de Animais) Usados em escovas e pincéis. Alternativa: Sintéticos.
Cisteína (Cistein) Aminoácido retirado de pêlos. Alternativa: Fontes vegetais.
Colágeno (Collagen): Proteína fibrosa, de natureza mucopolissacarídica, que é constituinte essencial da substância intercelular do tecido conjuntivo. Geralmente proveniente de animais. Pode causar alergias. Alternativa: Proteína da soja, óleo de amêndoas etc.
Dexpanthenol (Veja Panthenol)
Elastina (Elastin): Proteína elástica, encontrada nos ligamentos do pescoço e nas paredes arteriais das vacas. Similar ao colágeno. Não afeta a elasticidade da pele. Alternativa: Sintética, proteína de fontes vegetais.
Esponja do Mar: Animal marítimo que está em processo de extinção. Tem propriedades medicinais importantes. Alternativa: Esponja sintética.
Esqualeno (Squalene): Óleo de fígado de tubarão. Usado em hidratantes, tinta de cabelo etc. Alternativa: Vegetais emolientes como azeite de oliva, óleo de gérmen de trigo, óleo de farelo de arroz etc.
Esterol (Stearyl Alcohol Sterols): Uma mistura de álcoois sólidos. Pode ser obtido do óleo de esperma de baleia. Usado em cremes, xampus etc. Possuí diversos derivados. Alternativa: Fontes vegetais, ácido esteárico vegetal.
Esteróide, Esterol (Steroids Sterols): De várias glândulas de animais ou de fontes vegetais. Esteróides inclui esteróis. Esteróis são álcoois de animais ou plantas (ex: colesterol). Em cremes,
loções, condicionadores de cabelo, perfumes etc. Alternativa: Fontes vegetais e sintéticas.
Estrogênio, Estradiol: (Estrogen Estradiol) Hormônio feminino obtido da urina de éguas grávidas. Usado em cremes, perfumes e loções. Possui efeito insignificante em cremes e restauradores da pele, fontes emolientes vegetais são consideradas melhores. Fontes Naturais (Natural Sources) Pode significar fontes animais ou vegetais. Especialmente em cosméticos, isso
significa fontes animais, como elastina, gordura, proteína e óleo animais. Alternativa: Fontes
vegetais.
Gelatina, Gel (Gelatin Gel): Proteína obtida de pele, tendões, ligamentos e/ou ossos fervidos
com água. De vacas e porcos. Utilizada em xampus, máscaras faciais, e outros cosméticos. Alternativa: Carragena, algas (algina, agar-agar, kelp), dextrina, goma de algodão, gel de sílica.
Glicerina, Glicerol (Glycerine, Glycerol): Substância líquida, incolor e xaroposa, que é o princípio doce dos óleos e a base dos corpos gordos conhecidos. Geralmente é produzida a partir da gordura animal. Alternativa: Glicerina vegetal e sintética.
Goma Laca (Shellac Resinous Glaze): Excreção resinosa de determinados insetos. Utilizada em laquês para cabelo. Alternativa: Cera de plantas. Gorduras, Sebo ou Óleos Animais Usado em cosméticos e em produtos alimentícios. Alternativa: Óleo de oliva, óleo de germe de trigo, óleo de coco, óleo de oliva, óleo de girassol etc.
Guanina: Obtida de peixes; Alternativa: Leguminosas, partículas de alumínio ou de bronze.
Lactose (Lactose): Açúcar do leite dos mamíferos. Alternativa: Açúcar do leite de plantas.
Lanolina e Crodalan LA (Álcool de Lanolina Acetilado): O Crodalan LA é um derivado de Lanolina e consequentemente de graxa de lã, que é a matéria-prima principal para a fabricação da Lanolina. Esta graxa de lã é um resíduo obtido na lavagem da lã do carneiro, onde a lã é direcionada aos lanifícios e o subproduto (graxa) é utilizado na produção de Lanolina. Para aumentar o lucro, cientistas têm criado espécies de ovelhas que têm lã em demasia. Isso faz com que muitas ovelhas morram de calor no verão, enquanto outras morrem de frio no inverno depois de terem sua lã extraída. (fonte: Cozinhando Sem Crueldade, pág. 215).
Lecitina: Substância presente nos tecidos nervosos, mas freqüentemente obtida para uso comercial em ovos. Alternativa: Lecitina de soja e sintéticos.
Mocotó: Obtido do cozimento das patas de bovinos.
Óleo de Castor: Usado como fixador em perfumes e incensos. Alternativa: Sintéticos e fontes vegetais.
Panthenol, Dexpanthenol, Panthenyl, Vitamina B- Provitamina B-5: Pode ter origem
animal ou vegetal. Alternativa: Fontes vegetais ou sintéticos.
Placenta (Placenta Polypeptides Protein Afterbirth) Órgão ou tecido que envolve o feto ou embrião. Pode ser derivada do útero de animais sacrificados. Alternativa: Algas.
Pó ou Proteínas da Seda: (Silk) Seda é a fibra brilhante feita pelo bicho-da-seda para formar seus casulo. Os bichos são fervidos em seus casulos para retirar a seda. Pó de seda é obtido da secreção do bicho-da-seda. É usado como corante em pós faciais, sabonetes etc. Pode causar severa reação alérgica na pele e reações sistemáticas (por inalação ou ingestão).
Progesterona (Progesterone): Hormônio utilizado em cremes anti-rugas. Alternativa: Sintético.
Proteínas Hidrolizadas: Podem ter origem animal. Alternativa: Proteína de soja.
Queratina (Keratin): Proteína insolúvel, principal constituinte da epiderme, unhas, pêlos, tecidos córneos e esmalte dos dentes. Pode ser obtida nos chifres, cascos, penas e pêlo de vários animais. Utilizada em condicionadores de cabelo, xampus, soluções para permanente.
Alternativa: Óleo de amêndoas, proteína de soja, óleo de amla (do fruto de uma árvore indiana), cabelo humano proveniente de salões (que iriam para o lixo). Alecrim e urtiga dão corpo e força aos cabelos.
Quitosana (Chitosan): Fibra derivada de crustáceos, como siris e caranguejos. Usado em cosméticos. Alternativa: Fambroesas, inhame, legumes, apricots secos e muitas outras fontes vegetais.
Tirosina (Tyrosine): Aminoácido hidrolisado da caseína. Utilizado em cremes.
Tutano: Medula dos ossos de boi. Uréia, Carbamida, Ácido Úrico (Urea, Carbamide) Excretada da urina e outros fluídos corpóreos. Usada em desodorantes, pasta de dentes com amônia, enxaguantes bucais, tintura p ara cabelos, cremes para mãos, loções, xampus etc. Derivados: Ácido Úrico. Alternativa: Sintéticos.
Vitamina A ou Retinol: Pode ser obtida de fígado de peixes, gemas de ovos, manteiga. Também pode ter origem vegetal, como no germe de trigo.
Vitaminas do Complexo B (Veja Biotina e Panthenol) Vitamina D, Ergocalciferol, Vitamina D-2,
Ergosterol, Provitamina D-2, Calciferol, Vitamina D-3 A Vitamina D pode ser obtida de óleo de fígado, leite ou gemas de ovos. A vitamina D-2 pode ter origem animal ou vegetal. A Vitamina D-3 tem sempre origem animal. Alternativa: Fontes vegetais ou minerais, sintéticos. Vitamina H
(Veja biotina)
Fontes: www.pea.org.br e livro Cozinhando sem Crueldade.

Vegetarianos querem selo para produtos totalmente "verdes" no Brasil

Vegetariano não come carne. A definição é muito clara e direta. Mas, em tempos de alimentos cada vez mais industrializados, ela precisa de um upgrade. Afinal, uma olhada mais atenta no rótulo de produtos como sorvetes, sucos e mesmo leite de soja pode mostrar que eles não são tão "verdes" quanto aparentam: no processo de fabricação ou na composição, contam com aditivos de origem animal.
Um exemplo inusitado é a cochonilha --um corante feito a partir de besouros. Originário do México e considerado uma praga, o besourinho possui um pigmento capaz de dar um tom vermelho aos produtos. Por isso, a cochonilha costuma ser adicionada a sucos, como o de uva, e bebidas e biscoitos com sabor de morango, entre outros.Identificar o aditivo nem sempre é simples: além de cochonilha, ele pode aparecer como carmin, cochineal e colorizante E120, afirma a socióloga Marly Wincler, presidente da SVB (Sociedade Vegetariana Brasileira). "Muitos produtos têm escondido na 'caixa preta' dos rótulos componentes de origem animal, por isso os vegetarianos e veganos são infatigáveis leitores de rótulos."
Para facilitar esse trabalho, a SVB decidiu criar um "selo verde", voltado a produtos que não utilizem nenhum componente de origem animal. A idéia é que ele sirva de parâmetro para os vegetarianos, assim como o selo desenvolvido pela Anad (Associação Nacional de Assistência ao Diabético) representa, para quem tem a doença, a garantia de que determinado produto está adequado a suas restrições alimentares. Segundo Wincler, a SVB está na fase final de estabelecimento dos critérios da certificação e da criação do design do selo, e algumas empresas já manifestaram interesse em contar com a certificação.
Enquanto isso, algumas empresas buscam por conta própria se aproximar das exigências desse tipo de consumidor. Um exemplo é a Olvebra, especializada em produtos à base de soja, que contratou a consultoria NutriVeg para analisar se algum de seus produtos leva componentes animais.
Em outros casos, são os consumidores que pressionam as empresas por mudanças. Um caso recente ocorreu no Reino Unido, quando a fabricante de chocolates Masterfoods divulgou que passaria a usar substâncias de origem animal. A Vegetarian Society organizou uma campanha e, após um bombardeio de e-mails e telefonemas, a empresa voltou atrás.
Outra forma que a entidade encontrou para pressionar as empresas é a realização do concurso anual Imperfect World Award (prêmio do mundo imperfeito), que indica os produtos que os vegetarianos mais gostariam que não utilizassem componentes animais. Na última edição do prêmio, divulgada em março, a cerveja Guinness ficou em primeiro lugar. Isso devido ao uso de um colágeno obtido de peixes na fabricação da bebida --a substância deixa o líqüido menos turvo.
Mas a batalha dos vegetarianos também esbarra em alguns mitos. Entre os que consomem leite, por exemplo, existe a preocupação de evitar alguns tipos de queijo, que seriam feitos a partir da quimosina. Também conhecida como renina, ela é uma enzima que seria retirada do estômago dos bezerros para coalhar o leite.
Mas, segundo o engenheiro de alimentos Luiz Eduardo de Carvalho, professor da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), esse é um método de fabricação muito antigo. Atualmente, afirma, a fabricação de queijos utiliza bactérias transgênicas, criadas para funcionar como "usinas" produtoras de quimosina. "Também as enzimas colocadas na farinha de panificação são produzidas assim", afirma Carvalho.

Fonte: Folha Online - 24/05/2007

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Guia de compras: produtos veganos

É sempre difícil saber o que comprar para fazer nossas receitas, não é? Nossa preocupação constante com o bem estar dos animais e, também com a nossa saúde, por vezes nos deixa horas em frente às prateleiras dos supermercados! Por isso, resolvi colocar algumas dicas de produtos vegans já prontos. Estou sempre pesquisando e completando essa lista, e também aceito críticas e sugestões de marcas e produtos que possam facilitar nosso dia-a-dia.
Biscoitos recheados: Algumas marcas "alternativas" não possuem ingredientes animais. O ideal é ler a embalagem. O maior problema é que, quando não vai leite, tem os benditos corantes: caramelo ou cochonilha. 
Bolacha: Algumas do tipo Maria não têm leite e corantes. Água e sal da Tostines. Maisena Duchen. Nesfit de coco. 
Chocolate: marcas vegan: Kosher, Choco Soy
Outras opções:  meio-amardo do Extra, meio amargo do Carrefour e meio-amargo da Harald. Chokolah sem lactose. Lindt 70% cacau. Esses importados amargos geralmente são veganos. Comprei um Heidi de laranja delicioso! Chocolate Villars Noir 72% Cacau. Orgânico Native 75% cacau. 
Creme de leite: Batavo e Purity (O da Purity é levemente adocicado, não é muito legal pra fazer salgados).
Creme vegetal: Becel (porém, são da Unilever, empresa que testa produtos em animais); Soya (da empresa Bunge, mesma situação da Unilever). 
Hamburguer, quibe, almôndegas: Mr. Veggy, Superbom, Soja Mania e Perdigão.
Leite de soja: Ades, SojaMac, SoyMilke, Líder, Elegê, Batavo, Shefa. Tem também o da Yoki, sem açúcar.

Biscoito: wafer Choco Soy Mais; 
Leite condensado de soja: Purity, Olvebra, alternativa: receita de leite condensado vegan

Creme de leite de soja: Olvebra. 
Macarrão: Barilla, normalmente todas as de grano duro.
Maionese: Superbom e Olvebra.

Massas prontas: Massa Filo, Taco Shells Casa Fiesta. 

Mel: Melhor optar pelo melado, um produto barato e fácil de encontrar, também tem na Superbom.
Molho Inglês: Há duas versões do Molho Inglês, Tipo Worcestershire, também chamado de Molho Inglês Extra, que contém extrato de carne e o Molho Inglês Comum, que não contém extrato de carne (mas é difícil de achar). Já vi marcas que, mesmo sendo Worcestershire, não possuíam extrato de carne, mas tinham corante caramelo em sua composição.

Naturis - linha da Batavo: feita com leite de soja, possui achocolatados, bebidas de soja (leite, sucos) e sobremesas (do tipo Danete). 
Pães: verificar a receita/rótulo. Pão francês supostamente é vegan, mas é sempre bom verificar. Se não tiver jeito, você pode fazer o seu pão vegan. Também o pão sírio costuma ser vegan. 
Panetone: Laura (alguns panetones Laura têm leite em pó, leia a embalagem).

Queijo vegano: o mandiokejo, queijo vegano feito de mandioca da Quebra-cabeça. Há várias receitas também. 
Shoyu: Quase todos contém corante caramelo. O Shoyu Premium da Sakura é uma exceção.
Sorvete: Ades, La Frutta (Limão, Maracujá e Abacaxi com Hortelã); Haagen Dazs: Sorbet de manga. Picolés: a maioria de frutas é vegan, mas precisa confirmar na embalagem se não leva gelatina ou carmim. Também os da linha tofutti, bem caros. 
Tofu: se contiver caseína, não é vegan.

Pasta de amendoim: várias marcas, encontrada em lojas de produtos para doces e na Zona Cerealista de São Paulo, sem açúcar e sem qualquer ingrediente de origem animal.

Requeijão: Requeisoy
Produtos de beleza: http://www.ayur-vida.com
Cosméticos, adesivos, produtos de beleza e outros: http://www.mercadovegan.com

Onde comprar produtos naturais e veganos:

Supermercados

Guia Vegano

Mercado Vegan


Zona cerealista (SP)

Lojas de produtos naturais (como a Mundo Verde)

Lojas de produtos orientais (tofu, por exemplo)